O presidente do Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV), Rui Semedo, defendeu, este domingo, em Santo Antão, a necessidade de se fazer “um debate nacional” sobre a privatização em Cabo Verde, “pensando no desenvolvimento do país”.
Rui Semedo, que falava no encerramento da assembleia regional do PAICV na ilha, sublinhou que o sugerido debate seria no sentido de identificar o sector onde o Estado deve ter um papel fundamental e que seria excluído da lista de privatizações.
“Seria uma discussão pensando no país e no seu desenvolvimento”, advogou o presidente do PAICV, avançando que, “em todos os países, o Estado deve definir o que é estratégico e o que não pode ser privatizado”.
Divergência de pensamento
Rui Semedo disse que o Governo do MpD tem na sua lista de privatização “mais de 20 empresas”, ou seja, “todas as empresas em Cabo Verde”, porque entende que “o Estado deve sair absolutamente de tudo”, ao contrário do que pensa o PAICV.
No seu entender, a narrativa do partido no poder, de que o PAICV tem “bloqueio ideológico” em relação à questão de privatizações, tem o propósito de “bloquear o debate sério” sobre esta matéria.
Ganhaos não têm acontecido
Para este político, a privatização deve trazer ganhos para o país, trazer recursos, conhecimento e investimentos, o que, a seu ver, não tem acontecido com o actual Governo.
O presidente do PAICV esteve este fim de semana de visita a Santo Antão, onde participou na assembleia regional deste partido, que serviu para o empossamento da presidente da comissão política regional desta ilha, Elisa Pinheiro, e demais órgãos regionais.
C/ Inforpress