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Cultura

 70 anos de carreira: Djosinha maravilhado com a recepção no Mindelo 

A cidade de Mindelo recebeu na noite deste sábado,28, o espectáculo de comemoração dos 70 anos de carreira do Djosinha. O artista disse ter sido “maravilhoso” comemorar com o “povo genial” da sua terra natal.

Djosinha, que depois de quase duas horas e meia, ainda continuava com energia para abraçar e beijar as suas gentes, admitiu à Inforpress que não estava à espera de encontrar um povo “tão genial” que trabalhou com ele durante todo o show, como se tivessem ensaiado.

“Fiquei muito contente, e quando for para os Estados Unidos da América, vou dizer o que é que aconteceu comigo em São Vicente”, asseverou o cantor, qualificando como “maravilhoso e um espectáculo” tudo que viveu nessa noite.

Mesmo acostumado com o público sanvicentino, acredita, que este “deu um pouco mais” no evento, que teve como palco um dos hotéis do Mindelo e sob a realização do grupo Serenata Produções para comemorar os 70 anos de carreira do artista, hoje com 88 anos de idade.

Abertura do show por conta do Ivan Medina

O show que arrancou à hora certa, 21 horas, começou com o instrumental “Campim em festa” do jovem instrumentista Ivan Medina.

De seguida,  entraram  duas vozes femininas, ainda novas na arena musical, Milanka e Frederica Firmino.

Minutos depois, subia ao palco o pianista Chico Serra, que foi um dos conterrâneos de Djosinha no “Voz de Cabo Verde”, grupo que revelou nos anos 60 um dos pontos altos da carreira do cantor, com sucesso em Cabo Verde, Senegal e vários países da Europa.

Entrada “triunfal” de Djonsinha

Chico Serra deu lugar ao momento alto da noite, entrada de Djosinha, que cedo mostrou que os anos não têm deixado muitas marcas na sua performance no palco.

Logo no início relembrou a parceria que tinha na adolescência com a falecida Titina Rodrigues, com quem afirma ter protagonizado o “primeiro dueto cabo-verdiano” nos anos 40.

Na ausência da cantora, que faleceu a 6 de Maio último, a parceira escolhida foi Carmen Silva, que acredita ter sido uma substituição de peso para cantar a versão da música brasileira “Quase certo”.

 O “show man” e “ratcha camisa” como também é conhecido, fez quase toda a sua apresentação no meio do público, com quem brincou, do qual arrancou gargalhadas e ainda mostrou ginga no corpo, que nada se compara aos seus 88 anos.

Vivacidade 

Muita vivacidade, carisma, do “Djosinha de sempre”, revivido mais uma vez com o seu repertório de músicas cabo-verdianas e latinas e de seus sucessos como “Nha Chica”, “Teresinha” “La banda borracha” e várias outras que colocaram a plateia a cantar e levantar-se para dançar.

A noite também se fez também com a actuação de outras vozes sonantes da arena musical mindelense como Edson Oliveira, Constantino Cardoso, Jorge Sousa, outro dos conterrâneos de Djosinha no grupo Voz de Cabo Verde e ainda a jovem Samantha Aniger, que também cantou em dueto com Djosinha.

Novos trabalhos a caminho

Mesmo assim, Djosinha, tal como garantiu, não conta ficar pelos 70 anos de carreira e quer dar mais à música cabo-verdiana.

Tanto assim é que, neste momento encontra-se em estúdio com o produtor Kim Alves para mais um álbum, para o qual já tem gravado oito mornas em ‘rapsódia’, um bolero e tem em projecto juntar mais duas ou três coladeiras revelando mazelas sociais.

C/Inforpress

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