Os deputados do MpD, eleitos por Santo Antão, dizem que vão “continuar em diálogo” com o Ministério da Agricultura e Ambiente, no sentido de encontrar uma “solução justa” para as mulheres trabalhadoras no perímetro florestal do Planalto Leste. Recorde-se que em entrevista ao A NAÇÃO, queixaram-se de ganhar 249 escudos, por dia, e de trabalho “escravo”.
Segundo o deputado Damião Medina, citado pela Inforpress, os eleitos do MpD pretendem continuar a exercer a sua “influência” junto do Ministério da Agricultura Ambiente e ainda da Direcção-geral do Trabalho, no sentido de se encontrar “uma solução mais justa” para a situação desses trabalhadores florestais do Planalto Leste e de outras localidades da ilha.
Esta consideração surge mediante a revolta de um grupo de mulheres que dizem receber 249 escudos por dia, cerca de cinco mil escudos por mês, sem providência social. Algumas com mais de 35 anos de trabalho, que dizem passar fome.
Salário mínimo e INPS
“É preciso, em função da legislação laboral, estudar o melhor enquadramento profissional desse pessoal e, em função disso, promover melhor recompensa financeira, que poderá passar pelo salário mínimo e a sua inscrição no INPS”, avançou o deputado Damião Medina.
Essa fonte disse ainda à Agência de Notícias cabo-verdiana que é necessário “resolver, de uma forma ou de outra, este assunto”, que é “um contencioso e um braço de ferro”, que existe entre esses trabalhadores e o Estado “já há décadas”.