A cimenteira portuguesa – Cimpor – apresentou ao Governo de Cabo Verde um plano de investimentos de 48 milhões de euros (cerca de 5.500 mil contos cabo-verdianos), que inclui uma proposta para a concessão da exploração de pozolanas na ilha de Santo Antão.
Em nota de imprensa chegada à nossa redação, a empresa, presente em Cabo Verde há 17 anos, avança que pretende diversificar o portfólio de investimentos para a gestão e para a concessão portuária, assim como para a produção de energia renovável.
Nesse contexto, explica, que apresentou ao Governo um plano de investimentos de 48 milhões de euros (cerca de 5.500 mil contos cabo-verdianos) “com o objetivo de reforçar a parceria estratégica” que a empresa tem desenvolvido no país.
Este plano de investimentos inclui uma proposta para a obtenção da concessão da exploração de pozolanas na ilha de Santo Antão, o que, no entender da empresa, trata-se de “um investimento crucial” para o desenvolvimento da sua atividade, assim como para o crescimento da economia local.
Vital para crescimento da empresa
Luís Fernandes, CEO da Cimpor Portugal e Cabo Verde, reforça que essa concessão “é vital para a estratégia de crescimento da Cimpor em Cabo Verde”.Isto, tendo em conta também os desafios ambientais.
“A Cimpor está a desenvolver em todas geografias em que opera uma política de redução acelerada de emissões de CO2 associadas ao cimento. O recurso à incorporação de pozolanas, entre outras matérias-primas, na produção de cimento é uma das medidas fundamentais para a obtenção dos objetivos pretendidos”, argumentam.
Já João Brito e Cunha, Administrador da Cimpor em Cabo Verde, explica que “estes investimentos surgem na sequência do reforço da aposta da nossa empresa no país, nomeadamente em novas áreas da economia cabo-verdiana”.
Também, acrescenta, já demonstraram interesse em diversificar investimentos, “quer na gestão e na concessão portuária, quer na produção de energia renovável”, conclui o responsável.
Perfil
Presente em Cabo Verde desde 2005, a Cimpor é líder no mercado de cimento, de cimentos cola e de aço. A produção de betão e agregados é também uma prioridade, tendo sido concretizado um conjunto de investimentos superiores a 6 milhões de euros na instalação de duas novas centrais de britagem, e duas novas centrais de betão nas ilhas de Santiago e do Sal.
A Cimpor é hoje detida por um dos principais grupos económicos da Turquia (Grupo Oyak) e, conforme avançam, logo após a aquisição da Cimpor, o presidente da Oyak Cimento, Suat Çalbiyik reuniu-se com o Primeiro-ministro, Ulisses Correia da Silva, tendo transmitido o interesse da empresa em diversificar os seus investimentos de negócio em Cabo Verde.