O artesão Beto Diogo estacionou o seu atelier móvel em Porto Novo, Santo Antão, para dar continuidade ao projeto de resgate das sandálias albercas, que mantém desde 2011. A exposição das albercas e outras artes em cabedal está patente no Posto de Turismo do Porto Novo até 14 de maio.
Levar o artesanato às comunidades e ensinar a arte do cabedal à população tem sido o dia-a-dia do artesão Beto Diogo, através do atelier móvel, criado em 2017.
O artesão tem percorrido os municípios do país na implementação do projeto “Resgate das Sandálias Albercas”, com um toque moderno.
Em Porto Novo, a exposição do artesão está patente no Posto de Turismo local, sob o lema “Valorizar o passado, através do presente criativo”, sendo que além da exposição, Beto Diogo tem ministrado oficinas de arte em cabedal para os jovens locais.
Produto turístico
O objetivo, como conta ao A Nação, é tornar as albercas um produto turístico de Porto Novo, tendo em conta a tradição e a história deste município à volta das albercas.
“Faz todo sentido que este calçado seja um produto turístico daqui de Porto Novo, porque o município tem uma importância muito grande na tradição das albercas. Queremos resgatar o passado com um design diferente. Mantivemos a essência da alberca antiga com um toque moderno para ser um produto mais atrativo”, conta.
A exposição e oficina de arte em cabal vai estar presente também em Tarrafal de Monte Trigo, Porto Novo, de 16 a 23 de maio.
Natural de São Vicente, é em Assomada, Santiago, que o artesão possui um atelier físico e é a partir daí que tem a ambição de percorrer, até 2030, com o atelier móvel, todos os municípios do país.
Já visitou 10, espera atingir os outros 12 nos próximos anos, capacitando comunidades e resgatando as sandálias albercas.