A Associação dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) vai promover, na noite desta terça-feira, 3, Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, uma gala de reconhecimento dos jornalistas veteranos, pelo percurso e contributo em prol do jornalismo cabo-verdiano.
O evento tem cariz social e vai beneficiar o jornalista Valdir Alves que passa por “situações difíceis”, em termos de saúde.
A Gala Liberdade de Imprensa hoje na Assembleia Nacional, “é uma oportunidade para reconhecer o trabalho dos jornalistas mais experientes, com mais de 30 anos de experiência, pelo percurso e contributo em prol do jornalismo cabo-verdiano”, disse O presidente da Associação dos Jornalistas de Cabo Verde (AJOC) Geremias Furtado na ocasião de anúncio dos vencedores do Prémio Nacional do Jornalismo edição de 2021.
A gala vai também reconhecer os trabalhos de outros profissionais da área, “nomeadamente os condutores, camêra man, entre outros”, adiantou Jeremias Furtado sobre a gala que terá cariz social.
“Será uma gala beneficente em que o valor arrecadado da venda dos bilhetes, no valor de 500 escudos, será destinado ao tratamento de saúde para o jornalista veterano, Valdir Alves, um jornalista muito reconhecido pelo trabalho que tem feito na nossa diáspora, nos Estados Unidos e que passa por situações difíceis em termos de saúde”, explicou o presidente da AJOC, para quem “ a AJOC tem consciência de que há outros jornalistas que precisam de apoios nas questões de saúde e que, este assunto será abordado no momento próprio”.
O evento vai também homenagear o jornalista António Pedro Rocha, correspondente da RTC na Alemanha, falecido recentemente.
A noite de Liberdade de Imprensa hoje na Assembleia Nacional vai contar com a actuação de artistas como Manuel de Candinho, Mindela Soares, Sandra Horta, Braz de Andrade, Zé Rui de Pina, Jorge Tavares, entre outros.
Preocupações Dia Nacional da Liberdade de Imprensa
Relativamente às preocupações que persistem, no Dia Mundial de Liberdade de Imprensa, Geremias Furtado diz que nas preocupações centrais da AJOC, estão, especificamente, o combate à precariedade no exercício do jornalismo em Cabo Verde.
“Enquanto estivermos nesta situação de precariedade, o livre exercício da profissão estará em risco. Há jornalistas que recebem um salário muito abaixo do desejável, há jornalistas a trabalhar sem condições, outros mais novos que vão para as coberturas de autocarro, a questão da segurança social que não está sendo paga, entre outras situações que colocam o profissional em situações de vulnerabilidade e que achamos necessário combater”, terminou.
De notar que Cabo Verde desceu hoje 9 posições no ranking dos Repórteres Sem afronteiras, passando da posição 27 para a 36, entre 180 países analisados.