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Diáspora

Finalistas cabo-verdianos de energias renováveis do Politécnico de Portalegre querem regressar a Cabo Verde para trabalhar 

Um grupo de 17, dos 117, estudantes cabo-verdianos que estudam no Instituto Politécnico de Portalegre (IPP) terminam, este ano lectivo, as suas licenciaturas, em engenharias e, especialmente, em energias renováveis, com desejo de regressar ao país para dar o seu contributo. A instituição mostra abertura para acolher mais estudantes de Cabo Verde.

Essa abertura resulta de um protocolo existente entre o IPP e a Direcção-Geral do Ensino Superior (DGES), desde 2018, em que os primeiros licenciados que saem este ano participaram este sábado,30, na cerimónia da “Queima das Fitas”, no âmbito da Semana Académica de Portalegre.

O evento contou com a presença do director-geral do Ensino Superior, Aquilino Varela.

À margem da cerimónia, o presidente do IPP, Luís Loures, explicou que no primeiro ano da vigência do protocolo receberam um contingente de 18 alunos cabo-verdianos, no ano seguinte 40, depois 45 e, hoje, são 117, com “indicações positivas”, sentindo-se “bem acolhidos e bem acompanhados”.

“Temos aumentado sempre o número de vagas para estudantes cabo-verdianos, porque o protocolo tem dado bons resultados. O facto de termos o protocolo directamente com a DGES facilita muito e por estarmos sempre preocupados com a responsabilidade social, quando alguma coisa corre menos bem, precisamos ter um interlocutor melhor que nos ajude a resolver os problemas dos estudantes”, explicou Luís Loures citado pela Inforpress.

Apoiar áreas emergentes que ajudam no desenvolvimento do país

Segundo o mesmo, o facto de o instituto acolher muitos estudantes cabo-verdianos em cursos de engenharias e energias renováveis, sendo que uma turma inteira que termina este ano a licenciatura em Engenharia de Produção de Biocombustíveis é de alunos de Cabo Verde, é porque o IPP sempre quer apoiar áreas emergentes e que dê contributo positivo para o desenvolvimento do país.

“Esse protocolo com a DGES tem sido importante para o sucesso dessa parceria e vamos alargar com um protocolo tripartido com empresas cabo-verdianas, para que esses estudantes que estão agora a terminar as suas licenciaturas possam regressar a Cabo Verde com um emprego garantido e contribuir positivamente para o processo de desenvolvimento do país”, frisou.

Áreas de energias renováveis “fazem muita falta” em Cabo Verde – Aquilino Varela

A assinatura do protocolo tripartido foi confirmada pelo director-geral do Ensino Superior, Aquilino Varela, indicando que as empresas são a Electra e o Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial (CERMI), considerando que os profissionais em áreas de energias renováveis “fazem muita falta” ao país.

 “As funções da DGES não cessam com garantir o acesso dos alunos ao ensino superior, mas também temos de nos preocuparmos com o mercado de trabalho”, considerou.

Varela sublinhou ainda que é a “primeira vez que Cabo Verde tem um contingente específico a sair de uma área altamente estratégica para o desenvolvimento do país, que é a de energias renováveis”, acreditando que “vão dar um grande contributo”.

Formados com desejo de regressar

Já os estudantes cabo-verdianos finalistas, manifestaram a sua felicidade em terminar mais uma etapa e com intenção de regressar a Cabo Verde para dar o seu contributo no desenvolvimento do arquipélago, sobretudo em energias renováveis.

De salientar que o Politécnico de Portalegre é uma instituição pública de ensino superior portuguesa que integra a Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS-IPPortalegre), a Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG-IPPortalegre), a Escola Superior de Saúde (ESS-IPPortalegre), em Portalegre, e a Escola Superior Agrária(ESAE-IPPortalegre), em Elvas.

C/Inforpress

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