A ilha de São Vicente é uma das que menos problemas tem no que toca à documentação de imigrantes. A garantia é do Ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, que presenciou hoje a recolha de dados biométricos, no Mindelo, para a legalização dessa comunidade.
Paulo Rocha, ministro da Administração Interna, apelou hoje, em São Vicente, aos cidadãos estrangeiros a agarrarem esta “oportunidade” e a regularizarem a sua situação, para uma melhor e efetiva integração no país, tendo em conta as vantagens que proporciona.
“Com um documento de identificação a pessoa garante uma melhor integração no nosso país e são muitas as oportunidades, desde oportunidades junto à Banca, melhores condições de trabalho, para além do facto de sentirem-se como um de nós, tanto é que o título de residência é exatamente igual ao cartão de identificação nacional”, explicou o governante, à margem da recolha dos dados biométricos na ilha, para imigrantes.
Rocha acrescenta ainda que, nesta primeira fase, em São Vicente há mais de duzentas pessoas inscritas, e que, aparentemente, são imigrantes em situação de irregularidade documental.
Aumento
Segundo a mesma fonte, o aumento de pedidos de títulos de residência no país tem sido notório, comparado com, por exemplo, o ano de 2015, em que foram emitidos apenas cerca de 500 títulos e, nesta altura, há cerca de 4000 inscritos.
Contudo, almeja que os ganhos sejam ainda maiores, até porque, como diz, o Governo tem simplificado este processo é feito um “forte” investimento para que seja mais moderno e célere.
“Apelamos às pessoas a saírem das suas zonas de conforto e abraçarem esta oportunidade que o Governo está a oferecer. Está sendo feito um investimento forte, temos máquinas modernas, utilizadas para o processo de recolha de dados”.
O governante destaca toda uma estrutura de apoio nacional montada para o efeito, com o intuito de apoiar quem ainda não regularizou a sua situação, devido a dificuldades nomeadamente com a internet.
“ Temos uma boa estrutura de apoio montada, as pessoas podem entregar os documentos na plataforma online, mas há espaços disponíveis em todas as ilhas, em todos os municípios, onde podem se dirigir e para quem tem dificuldades com a internet podem solicitar apoio, seja na alta autoridade para emigração, seja através da Cruz Vermelha, que é parceira neste processo, seja através da plataforma das ONG dos consulados”, exemplifica.
Imigrantes aplaudem iniciativa
Para o imigrante Malam Baio, que vive em São Vicente há cerca de 20 anos, é uma “satisfação” estar hoje a dar este passo para, posteriormente, obter o seu título de residência. O mesmo garante que não obteve dificuldades em submeter o seu pedido feito “há cerca de dois meses”.
De recordar que esta iniciativa vem sendo desenvolvida desde 15 de Janeiro, a nível nacional e durará cerca de 5 meses, tendo já sido feita, mais do que uma vez, na cidade da Praia, uma vez na ilha do Sal, e agora em São Vicente.
Amanhã será realizada em Santo Antão e, depois, na ilha de Boa Vista.
Por: Louisiene Lima