Uma “Trégua Pascal!”. Foi o que pediu o Papa Francisco, no final da Missa deste Domingo de Ramos, no Vaticano, antes de rezar o “Angelus” com os Fiéis reunidos na Praça São Pedro.
“Deponham-se as armas, se inicie uma Trégua Pascal, mas não para recarregar as armas e retomar o combate, não! Uma Trégua para se chegar à Paz, através de uma verdadeira Negociação, disponíveis também a qualquer sacrifício pelo bem das pessoas. Com efeito, que vitória será aquela que fincará uma Bandeira sobre um acúmulo de escombros?”, conclama o Papa Francisco, antes do “Angelus, na Praça São Pedro, neste Domingo de Ramos, 10 – citado pelo portal vaticannews.va -, neste 46º Dia de Guerra entre a Rússia e a Ucrânia.
Ao nos dirigir a Nossa Senhora – remarca o Chefe Mundial da Igreja Católica -, recordamos o que o Anjo do Senhor disse a Maria na Anunciação: “Nada é impossível a Deus”.
“Nada é impossível a Deus! Inclusive fazer cessar uma Guerra da qual não se vê o fim, uma Guerra que todos os dias nos coloca diante dos olhos massacres hediondos e atrozes crueldades realizados contra civis inermes. Rezemos por esta intenção”, vincou Francisco, lembrando que está-se nos dias que precedem a Páscoa, ou seja, que “nos preparamos para celebrar a Vitória de Jesus sobre o Pecado e a Morte e não contra alguém”.
E destaca: “Mas hoje há a Guerra, porque se quer vencer assim, de maneira mundana, mas assim somente se perde. Por que não deixar que Ele vença? Cristo carregou a Cruz para nos libertar do domínio do mal, morreu para que reine a Vida, o Amor e a Paz”.
O Papa Francisco concluiu a sua intervenção com renovação aos seus apelos à Oração.
“Nada é impossível a Deus, confiemo-nos a Ele, por intercessão da Virgem Maria”, pediu.
Desde o começo da Guerra, a 24 de Fevereiro, Francisco tem renovado apelos ao fim do conflito e manifestado a disponibilidade da Santa Sé para exercer um Papel de MediadorA, admitindo inclusive uma Visita Papal à Ucrânia e um Encontro com o Patriarca Ortodoxo de Moscovo.