Nesta 36ª Viagem Apostólica, o Sucessor de Pedro confirmará na fé os presentes na Ilha onde Paulo iniciou sua Obra Evangelizadora, após um naufrágio, como relatado nos “Actos dos Apóstolos”, Capítulos 27 e 28. A Ilha de Malta, presentemente, também está na Rota dos Migrantes que atravessam o Mediterrâneo, Tema que, aliás, marcará esta Visita de dois dias do Papa Francisco.
O Chefe da Igreja Católica – narra vaticannews.va -, foi recebido, no Aeroporto, pelo Presidente da República de Malta, George Vella, e Esposa, e por duas crianças com hábitos tradicionais que lhe ofereceram flores.
Foram apresentadas as Delegações, entoados os hinos, com a passagem pela Guarda de Honra. Não houve discursos, mas o Presidente da República e Esposa acompanharam o Papa até a “Presidential Lounge and Ministerial CIP Lounge”, antes de dirigirem-se ao Palácio Presidencial, para o Encontro com as Autoridades, onde Francisco proferirá seu primeiro discurso em Terras Maltesas.
Durante o Vôo, o Papa fez uma breve Saudação aos jornalistas. Interpelado, respondeu que “uma eventual Viagem a Kiev, é uma proposta que está sendo levada em consideração”.
A Viagem à Malta – de acordo com o Chefe da Igreja católica Mundial -, é uma “oportunidade para ir às Fontes do Anúncio do Evangelho”, num lugar que viu o início da Cristianização da Ilha, após o naufrágio do Apóstolo Paulo, no ano 60 d.C. (Depois de Cristo).
Analistas avançam que “é uma viagem fortemente desejada pelo Pontífice, e que, também, será marcada pelo Tema da Acolhida, mais actual do que nunca”.
O Lema da Viagem Apostólica do Papa Francisco: “Eles nos trataram com rara Humanidade” é tirado do Versículo dos “Actos dos Apóstolos”, com as Palavras de São Paulo descrevendo a maneira como ele e seus companheiros foram tratados, quando naufragaram na Ilha, no ano 60, durante a Viagem que os levava a Roma.
Na Audiência Geral da última quarta-feira, ao pedir Orações por mais essa sua Missão, Francisco assim se pronunciou: “Nessa Terra Luminosa serei Peregrino nos Passos do Apóstolo Paulo, que ali foi acolhido com grande Humanidade, depois de ter naufragado no mar em seu caminho para Roma. Esta Viagem Apostólica será, assim, uma Oportunidade para ir às Fontes do Anúncio do Evangelho, para conhecer, pessoalmente, uma Comunidade Cristã com uma História Milenar e vivaz, para encontrar os Habitantes de um País que está no Centro do Mediterrâneo e no Sul do Continente Europeu, hoje ainda mais comprometido em acolher tantos irmãos e irmãs, em busca de Refúgio. Já agora: saúdo de coração todos vocês Malteses; tenham um bom dia. Agradeço a todos aqueles que trabalharam para preparar esta Visita e peço a cada um que me acompanhe em Oração”.
O Papa Francisco é o terceiro Pontífice a visitar Malta, depois de São João Paulo II, em 1990 e 2001; e Bento XVI, em 2010.
Refugiados sempre presentes…
Antes de deixar a Casa Santa Marta (no Vaticano), na manhã deste sábado, 2, em direcção ao Aeroporto Fiumicino, o Papa Francisco encontrou-se com algumas Famílias de Refugiados Ucranianos, acolhidas pela Comunidade de Sant’Egidio, juntamente com o Esmoleiro de Sua Santidade.
No Grupo estava uma mãe de 37 anos com duas filhas, de cinco e sete anos, que chegaram à Itália há 20 dias, provenientes de Lviv. A menina menor passou por uma Cirurgia Cardiológica e está sob supervisão médica, em Roma.
Também haviam duas mães, cunhadas, com seus quatro filhos, com idades entre dez e 17 anos, hospedados num Apartamento oferecido por uma Senhora Italiana, vindos de Ternopil e também chegados a Roma, há pouco mais de 20 dias. Os menores das duas famílias frequentam a Escola em Roma.
A terceira Família chegou há três dias, passando pela Polónia. São seis pessoas, provenientes de Kiev: mãe e pai, com três filhos, de 16, dez e oito anos, e uma avó de 75 anos. Eles também moram numa Casa oferecida por uma Italiana, para acolher os Refugiados.
No domingo, 3, o Papa tem um Encontro marcado com os Migrantes acolhidos na Ilha de Malta.