O Ministério da Cultura assinou esta quinta-feira,31, um acordo de financiamento com três grupos de Tlabanca, de Santiago, para a restituição e a valorização da prática para a sua candidatura ao título de património da humanidade previsto para 2023.
Os grupos de tabanca de Achada Santo António, da Várzea e de Achada Grande Frente foram os contemplados mas o ministro da Cultura e das Indústrias Criativas, Abraão Vicente, garante que o Governo vai assinar acordo de disponibilização de verbas com todos os 14 grupos, das ilhas de Santiago e Maio.
“O objectivo é repor os instrumentos musicais, repor os trajes tradicionais e financiar as festas juninas que normalmente é o pico alto dos desfiles de tabanca”, explicou Abraão Vicente, citado pela Inforpress.
Este acordo de financiamento marca assim a retoma do projecto de transferência directa das verbas aos grupos para financiamento das actividades recreativas e culturais, que tinha iniciado em 2017, e que foi suspenso em 2020 e 2021 devido à pandemia.
Conforme explicou, o montante inicial era de 200 mil escudos, mas devido às restrições orçamentais, nesta retoma, após a pandemia, os grupos serão beneficiados com 50% do montante, ou seja, 100 mil escudos, devendo a parte do montante previsto no orçamento de Estado ser destinado à consolidação do dossier de candidatura da tabanca ao património imaterial da humanidade.
Inscrição da Tabanca a património da humanidade previsto para 2023
“Em princípio está previsto para 2023. Nós queremos ter o dossier pronto o mais brevemente possível (…) devo realçar que houve uma tentativa frustrada de tabanca a património da humanidade, em 2005. O que nós estamos a fazer é rever os passos da anterior candidatura e consolidar um caminho de sucesso tal como fizemos com morna”, avançou.
Abraão Vicente adiantou que além do financiamento monetário, o projecto de valorização da tabanca empreendeu ao longos dos anos acções diversas nomeadamente em matéria de documentação e salvaguarda.
Montante “simbólico”
Da parte dos grupos, o representante do grupo de tabanca de Achada Santo António, Pedro João Carvalho, disse tratar-se de um “montante simbólico”, que ajudará os grupos na realização de algumas actividades.
Na próxima semana, o MCIC através do Instituto de Património Cultural (IPC), vai proceder à assinatura com outros grupos no município de Ribeira Grande de Santiago, Santa Catarina, Santa Cruz e Maio.