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Política

Governo toma medidas de emergência para combater efeitos da seca

A situação de seca e penúria conduziu o país para o estado de calamidade, desde 18 de Fevereiro.

O Governo prometeu mobilizar 145 mil contos do Fundo Nacional de Emergência para combater os efeitos da seca, como assegurou o ministro da Agricultura e Ambiente, Gilberto Silva, que garante que a situação “não é nova”.  

Dos 145 mil contos que se está a mobilizar, 120 mil são canalizados para o financiamento de obras que permitam o emprego público e 25 mil para a bonificação da ração para os criadores de gado. Como apontou Gilberto Silva, de resto, o plano de mitigação tem outras actividades, designadamente no sector da água.

No que diz respeito aos agricultores, estes vão beneficiar, segundo o governante, de programas para melhoria da distribuição de água, nomeadamente incentivo à instalação de rega gota-a-gota em que o Estado comparticipa com 50% dos investimentos de cada agricultor.

O Governo anunciou, também, a estabilização dos preços para atenuar os efeitos da crise, nomeadamente a estabilização do preço do trigo, do milho, do arroz, óleo e azeite. Os preços do gás butano e combustíveis para electricidade foram congelados e mantêm-se inalterados no mês de Abril.

A grande dúvida é até que ponto estas medidas poderão, ainda, salvar as famílias rurais da desesperança em que muitas se encontram.

A situação, além disso, não é nova. Este é o quarto de ano seca consecutiva, num cenário de devastação que se prolongando, ano a ano. 

Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 761, de 31 de Março de 2022

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