O Presidente Palestiniano, Mahmoud Abbas, aponta o dedo aos “dois pesos e duas medidas” dos Países Ocidentais, prontos a invocar o Direito Internacional para impôr Sanções à Rússia, mas não a Israel, pelos “Crimes” nos Territórios Palestinianos.
A posição de Abbas – relata ominuto.pt -, foi manifestada numa Conferência de Imprensa, ao lado do Chefe da Diplomacia Norte-Americana, Antony Blinken, depois de Conversações sobre o Médio Oriente.
A Autoridade Palestiniana de Abbas não condenou a recente Invasão da Ucrânia pela Rússia, uma Potência-Membro do Quarteto do Médio Oriente e que reconhece, oficialmente, a Palestina, como um Estado, ao contrário dos Estados Unidos da América e da maioria dos Países Europeus.
Essa relutância “irritou” os Diplomatas Ocidentais em Jerusalém e nos Territórios Palestinianos, já que houve pedidos à Autoridade Palestiniana – da qual a União Europeia é o principal doador -, para condenar a Invasão.
A Amnistia Internacional, a “Human Rights Watch” e a Organização Não-Governamental Israelita “B’Tselem” acusam Israel de ter instaurado um Regime de “Apartheid” aos Palestinianos.
“Os acontecimentos atuais na Europa fizeram surgir duplas medidas flagrantes”, declarou Abbas, acrescentando que, apesar dos Crimes da Ocupação Israelita, que equivalem a limpeza étnica e discriminação racial, e que foram reconhecidos por Organizações Internacionais de Direitos Humanos, (…) não há ninguém que venha responsabilizar Israel como um Estado que age acima da Lei”, denuncia Abbas .
Por seu turno, Hanane Achraoui, ex-membro do Comité-Executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), disse que a Recusa Palestiniana em condenar a Rússia não representa um “Apoio Explícito” a Moscovo, mas uma Crítica à “Hipocrisia” por parte dos Ocidentais, que rapidamente impuseram Sanções aos Russos, mas não a Israel, pela sua Política nos Territórios Palestinianos Ocupados.
Israel ocupa a Cisjordânia e Jerusalém Oriental desde 1967, Sector Palestiniano da Cidade Santa que anexou, tendo também imposto um Bloqueio à Faixa de Gaza, que dura há 15 anos.