Kremlin considera hoje que os insultos do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, ao seu Homólogo Russo, Vladimir Putin, reduzem as possibilidades de melhorar as relações entre Washington e Moscovo.
“Um Líder deve manter a calma”, aconselha o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov – citado pelo portal jn.pt -, após Biden ter classificado Putin de “Carniceiro”, num encontro com Refugiados Ucranianos na Polónia.
Ao ser questionado sobre o que pensava sobre Vladimir Putin face ao que o Presidente Russo fazia sofrer os Ucranianos, Joe Biden respondeu: “Ele é um Carniceiro”.
Não foi a primeira vez que Biden usou palavras duras em relação a Putin, considerado o principal responsável pela Invasão Russa da Ucrânia, que já causou milhares de mortes.
Nos últimos dias, o Presidente Norte-Americano designou-o, por duas vezes, como “Criminoso de Guerra”.
“Evidentemente, esses insultos pessoais reduzem a oportunidade de melhorar as nossas Relações Bilaterais. Temos de ter consciência disso”, assinalou Peskov.
O porta-voz do Kremlim também se mostrou surpreendido com as acusações de Biden contra Putin.
“Afinal, (Biden) é o homem que uma vez exigiu, ao falar na Televisão do seu País, que se bombardeasse a Jugoslávia. Exactamente, Bombardeamentos à Jugoslávia. Exigiu que se matassem pessoas”, afirmou Peskov, vincando que, “é, no mínimo estranho, escutar dele uma coisa dessas dele”.
Biden concluiu, sábado, 26, uma visita à Europa, que terminou na Polónia, tendo regressado aos EUA durante essa noite.
Périplo Europeu
O Presidente dos Estado Unidos participou em três cimeiras, da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte), do G7 (Grupo dos Sete Países Mais Industrializados do Mundo) e da União Europeia (UE), em Bruxelas (na Bélgica), centradas na Invasão Russa da Ucrânia.
Na Polónia, visitou as Forças Armadas Norte-Americanas estacionadas perto da Fronteira com a Ucrânia, reuniu-se com os ministros dos Negócios Estrangeiros e da Defesa da Ucrânia, Dmitro Kuleba e Oleksii Reznikov, respetivamente, e com o Presidente Polaco, Andrzej Duda, tendo-se encontrado, ainda, com Refugiados Ucranianos.
Segundo as Nações Unidas, mais de 13 milhões de Pessoas necessitam de Assistência Humanitária na Ucrânia.
Casa Branca esclarece
Durante a Visita à Polónia, o Presidente dos EUA, Joe Biden, defendeu que o Conflito na Ucrânia “já se revelou um Erro Estratégico para a Rússia”.
Além disso, afirmou que Vladimir Putin “não pode continuar no Poder”, afirmação que despertou, de imediato, uma Reacção por parte do Kremlin.
“Isso não cabe a Biden decidir. O Presidente da Rússia é eleito pelos Russos”, frisou um porta-voz do Kremlin.
Em face disso, um funcionário da Casa Branca esclareceu, entretanto, que Biden não estava a pedir uma Mudança de Regime, mas sim, a defender que Putin não pode exercer Poder sobre os Países Vizinhos.
Papa doa Ambulância
O esmoleiro do Papa Francisco, Cardeal Konrad Krajewski – revela vaticannews.va -, está a caminho de Lviv, na Ucrânia, com “uma ambulância, doada e abençoada” pelo Chefe da Igreja Católica no Mundo.
Na chegada, o Veículo será entregue às Autoridades da Cidade de Lviv, que o destinarão à Estrutura que mais precisar. É uma ajuda concreta para a População, cujo número aumentou consideravelmente, devido à chegada de muitos Refugiados.
O Purpurado Konrad Krajewski presidiu, na tarde de sexta-feira, 25, no Santuário Mariano de Fátima, em Portugal, o Acto de Consagração da Humanidade, em particular da Rússia e da Ucrânia, ao Imaculado Coração de Maria. Chegou a Roma, na manhã de sábado, 26, rumando, de seguida, para a Ucrânia.
“Diante da Virgem de Fátima, Pedi protecção para a Ucrânia, provada pela Guerra, mas também para a Missão que me preparo para cumprir, a pedido do Papa, voltando ao País. Irei com o coração cheio de Esperança”, disse o Purpurado à Imprensa Vaticana, “depois de ter rezado junto com mais de 15 mil fiéis, no Santuário Mariano, em conexão directa com o Papa, na Basílica de São Pedro (no Vaticano).
Lembrete
O Conflito na Ucrânia começou no passado dia 24 de Fevereiro, após o Presidente Russo, Vladimir Putin, autorizar a Entrada de Tropas naquele País do Leste Europeu.
A Invasão culminou com ataques por ar, mar e terra, com diversas Cidades bombardeadas, inclusive a Capital Kiev.
É “a Maior Operação Militar” dentro de um País Europeu, desde a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 a 1945.
A Ofensiva Russa provocou Clamor Internacional, com Reuniões de Emergência realizadas e previstas em vários Países, e pronunciamentos de diversos Líderes espalhados pelo Mundo, condenando o Ataque Russo à Ucrânia.
Em razão da Invasão, países como EUA, Reino Unido e o Bloco da União Europeia anunciaram Sanções Económicas contra a Rússia.
A Invasão ocorreu dois dias após o Governo Russo reconhecer a Independência de dois Territórios Separatistas, no Leste da Ucrânia – as Províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarização e a eliminação dos “Nazistas”.
Outros motivos de Putin pela Invasão na Ucrânia dão-se pela aproximação do País ao Ocidente, com a possibilidade de fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte – Aliança Militar Internacional -, e da União Europeia, além da ambição de expandir o Território Russo, para aumentar o Poder de Influência na Região.