O Presidente da República, José Maria Neves, apelou hoje às autoridades a encontrarem as “melhores soluções” para mitigar os efeitos da escalada de preços no país.
“Haverá a necessidade de encontrar as melhores soluções para mitigar os efeitos da escalada de preços”, disse em São Vicente, durante o balanço da presidência descentralizada naquela ilha.
O chefe de Estado espera discutir com o Governo e com as autarquias locais esta “crise”, que deverá ser “muito forte e impactante”, avançou.
Outro dos assuntos abordados foi a “instabilidade” vivida na Câmara Municipal de São Vicente, entre o presidente e os vereadores da oposição, já que “não se pode acrescentar à crise, que se vive actualmente, uma crise política”, alertou.
Nesse sentido defendeu o o diálogo, instando as partes a colocarem as diferenças sobre a mesa para encontrarem respostas, num debate “muito mais fundamentado, aberto e voltado para a construção”.
JMN lembrou que a lei autárquica “exige compromissos” e diz que “quem não tem maioria absoluta deve repartir os poderes do executivo com os outros partidos e é importante que se tenha essa capacidade de dialogar e construir compromissos”.
Presidência com muita participação
Da presidência descentralizada, o PR destacou ainda o “enorme envolvimento, espírito cidadão e capacidade cívica” dos sanvicentinos, mas chamou atenção do “enorme desafio” do desemprego juvenil.
JMN disse ainda que com essa presidência conseguiu “cumprir os compromissos” assumidos, durante a campanha, de uma “presidência aberta, activa, com um Presidente que une e que cuida”.
Questionado ainda sobre os custos que a Presidência aberta poderá trazer, o mesmo admitiu haver alguns gastos, mas que são válidos devido a “muita carência” nas ilhas que “precisam” do presidente.
Mas, assegurou uma “gestão rigorosa” das verbas, até porque o orçamento da Presidência sofreu cortes com a pandemia, e por isso, reiterou, os cabo-verdianos “devem ter em conta esse grande esforço que está a ser feito”.
José Maria Neves acredita que a sua visita permitiu ainda dar visibilidade à ilha de São Vicente e projectar a sua imagem no mundo, já que recebeu também no Palácio do Povo, no Mindelo, as cartas credenciais de sete embaixadores não residentes, que puderam visitar a ilha, ver as potencialidades económicas, culturais e empresariais.
A “Presidência na ilha” termina hoje com o regresso de José Maria Neves à Cidade da Praia.
C/Inforpress
