Foram identificados dois cabo-verdianos refugiados na Roménia , na sequência da guerra na Europa, da invasão da Rússia à Ucrânia. A garantia é da secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação de Cabo Verde, Miryam Vieira.
Os mesmos foram identificados, através das missões diplomáticas.
“Das informações que recebemos das missões diplomáticas ,sobretudo em Nova York, relativamente à Ucrânia, foram identificados dois cabo-verdianos. Ainda estamos em contacto com a missão permanente da Roménia para ver a identificação dos referidos cabo-verdianos porque é uma lista por nacionalidade e não vem com informações detalhadas sobre os nacionais que foram identificados como os refugiados na Roménia”, declarou.
Segundo a mesma, foi identificada apenas a nacionalidade, tendo realçado que provavelmente os dois cabo-verdianos tinham na sua posse o passaporte ou qualquer outro documento que os identificasse como sendo cidadãos nacionais.
“Estamos em estreito contacto com diferentes missões diplomáticas a fim de apurar melhor, portanto a existência de mais cabo-verdianos provavelmente na Ucrânia e na Rússia. E na Rússia temos alguns estudantes que precisam de alguma assistência e protecção consular neste sentido e vamos também trabalhar com a embaixada de Angola em Moscovo para dar assistência consular que é exigida e requerida neste momento”, esclareceu.
Recorde-se que a Rússia lançou, a 24 de Fevereiro, uma ofensiva militar na Ucrânia, depois de meses a concentrar militares e armamento na fronteira com a justificação de estar a preparar exercícios.
A guerra já matou pelo menos quase mil civis e feriu cerca de 1.500, incluindo mais de 170 crianças, de acordo com as Nações Unidas. Além disso, o conflito provocou a fuga de mais de 10 milhões de pessoas das suas casas, entre as quais mais de 3,3 milhões para os países vizinhos.
Segundo a ONU, cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e o reforço de sanções económicas e políticas a Moscovo.
C/Inforpress