Décimo sétimo dia de Guerra. Rússia usou a Reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, para alertar para o que diz ser a preparação de Armas Biológicas e Químicas por parte dos Estados Unidos da América (EUA) na Ucrânia. No entanto, a apresentação deste Argumento perante a ONU não foi acompanhada por qualquer Prova e foi criticada como demagógica pelo Ocidente e pela Ucrânia.
O embaixador Russo brandiu, sexta-feira, 11, na Reunião do Conselho de egurança da ONU – noticia o portalpt.euronews.com -, perante os Diplomatas Ocidentais, o Cenário de uma Nova Pandemia, causada pela Guerra Biológica.
“Apelamos a que reflictam sobre uma Ameaça Biológica muito real para a população dos Países Europeus, que pode resultar da propagação descontrolada de Bio-Agentes da Ucrânia, que tal como vimos com a COVID-19, são impossíveis de parar. Num cenário semelhante, toda a Europa seria afectada”, alerta o Embaixador Russo na ONU, Vassili Nebenzya.
Para a Ucrânia e Estados Unidos, isto pode ser um indício de que a Rússia se prepara para usar este Tipo de Armamento e depois culpar os outros Países.
“Pode ser um Indício de que a Rússia está a preparar outra horrível Operação de bandeira falsa (“false flag”). O que vão usar mais contra a Ucrânia? Mísseis de Cruzeiro? Lançadores de ‘rockets’ múltiplos? Pesados Bombardeamentos Aéreos? Já passámos por isso tudo. O que vem a seguir? Amoníaco? Fósforo?”, questiona Sergiy Kyslytsya, Embaixador da Ucrânia na ONU.
Por sua vez, Nicolas de Rivière, Embaixador da França, lembrou os precedentes de uso de Armas Químicas, por parte de Aliados da Rússia, nomeadamente a Síria.
“Vamos lembrar os factos. Foi a Rússia, e não a Ucrânia, que recorreu a Armamento Químico em Território Europeu, recentemente. É também a Rússia que está a tentar dissimular, através de desinformação, Ataques Químicos do Regime Sírio. A França está muito preocupada com a possibilidade que esta Campanha de Desinformação possa ser orquestrada pela Rússia como prelúdio para a utilização de Armas Químicas na Ucrânia”, manifesta Nicolas de Rivière.
EUA agravam Sanções
Os Estados Unidos deram mais um passo para penalizar a Rússia pela Invasão da Ucrânia.
O presidente Joe Biden anunciou, sexta-feira, 11, que a Rússia seria “tirada da Lista” das chamadas “Nações Mais Favorecidas”, um Estatuto que permitia Trocas Comerciais Privilegiadas. A Lista de Produtos que deixaram de poder ser Importados da Rússia passou a incluir o marisco, as bebidas alcoólicas e os diamantes.
“Revogar o Estatuto de Relações Comerciais Normais Permanentes, em relação à Rússia, faz com que seja mais difícil para a Rússia fazer Negócios com os Estados Unidos. Ao fazer isso em uníssono com outros Países que representam Metade da Economia Global, estamos a dar um grande golpe na Economia Russa, que já está a sofrer com as nossas Sanções. Estes são os mais recentes passos, mas não são os últimos. Como disse antes, vamos golpear Putin com força porque os Estados Unidos e os Aliados e Parceiros mais próximos estão a agir em uníssono”, sustenta disse o Presidente Norte-Americano, Joe Biden.
NATO recusa envolvimento directo
Biden insistiu, na ocasião, que não se quer envolver militarmente no Território Ucraniano, já que isso iria criar uma Escalada no Conflito.
Porém, o Presidente Ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, insiste em pedir mais Acção. “Precisamos de mais. Não é disto que estamos à espera. As decisões dos Políticos têm de coincidir com o sentimento dos Povos Europeus”, reitera o Chefe de Estado da Ucrânia.
Zelenskyy critica a NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) por continuar a recusar criar uma Zona de Exclusão Aérea na Ucrânia.
Por seu turno, o secretário-geral da Aliança Atlântica, Jens Stoltenberg, teme uma Escalada do Conflito, se o desejo do Presidente Ucraniano for concedido.
“A NATO dá um Apoio importante à Ucrânia, desde há muitos anos. Treinou dezenas de milhares de Tropas e providenciou Equipamento Militar essencial, que é extremamente importante na luta contra as Forças Invasoras Russas. Ao mesmo tempo, temos a responsabilidade de impedir que este Conflito tenha uma Escalada que vá para lá das Fronteiras da Ucrânia e se torne uma Guerra Total entre a Rússia e a NATO”, justifica Jens Stoltenberg.
Dados da ONU apontam que, em razão da Guerra, já fugiram da Ucrânia mais de dois milhões e meio de pessoas.
Lembrete
O Conflito na Ucrânia começou no passado dia 24 de Fevereiro, após o Presidente Russo, Vladimir Putin, autorizar a Entrada de Tropas naquele País do Leste Europeu.
A Invasão culminou com ataques por ar, mar e terra, com diversas Cidades bombardeadas, inclusive a Capital Kiev.
É “a Maior Operação Militar” dentro de um País Europeu, desde a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 a 1945.
A Ofensiva Russa provocou Clamor Internacional, com Reuniões de Emergência realizadas e previstas em vários Países, e pronunciamentos de diversos Líderes espalhados pelo Mundo, condenando o Ataque Russo à Ucrânia.
Em razão da Invasão, países como EUA, Reino Unido e o Bloco da União Europeia anunciaram Sanções Económicas contra a Rússia.
A Invasão ocorreu dois dias após o Governo Russo reconhecer a Independência de dois Territórios Separatistas, no Leste da Ucrânia – as Províncias de Donetsk e Luhansk. Com os ataques, Putin pretende alcançar uma desmilitarização e a eliminação dos “Nazistas”.
Outros motivos de Putin pela Invasão na Ucrânia dão-se pela aproximação do País ao Ocidente, com a possibilidade de fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte – Aliança Militar Internacional -, e da União Europeia, além da ambição de expandir o Território Russo, para aumentar o Poder de Influência na Região.