A Corte Internacional de Justiça realiza Audiências nos dias 7 e 8 de Março, na Queixa apresentada pela Ucrânia, que acusa a Rússia de planear Genocídio.
A Juíz-Presidente do Tribunal de Justiça (Principal Órgão Judicial das Nações Unidas, com sede em Haia, na Holanda), Joan Donoghue – avança o portal odia.com.br -, chamou a atenção da Rússia, terça-feira, 1, “para a necessidade de agir de forma que qualquer Decisão do Tribunal possa ter os efeitos desejados”.
No seu Processo, o Governo Ucraniano acusa a Rússia de planear Actos de Genocídio em seu País e matar, intencionalmente, Cidadãos Ucranianos.
O Processo da Ucrânia foi aberto no sábado, 26 de Fevereiro, perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ), criada em 1946, para resolver disputas entre Estados. Suas Sentenças são obrigatórias e inapeláveis, mas o Tribunal não tem como executá-las.
A Ucrânia pede à CIJ que intervenha para impôr Medidas Cautelares, com Urgência, antes que o Tribunal aborde o Mérito da Questão.
A Juíza-Presidente já enviou uma “Comunicação Urgente” ao ministro das Relações Exteriores da Rússia, na terça-feira, “com uma Cópia ao Governo da Ucrânia”, especificou o Tribunal.
Com foco em Kiev…
A Caravana Militar Russa na periferia de Capital da Ucrânia – a Cidade de Kiev -, parece ter abrandado. Acredita-se que a longa Coluna, com, aproximadamente, 65 quilómetros, com veículos blindados, artilharia e soldados possa ser suficiente para fazer o cerco da Cidade-Capital.
Com a intenção de cortar as Comunicações de Kiev, foi feito um Ataque à Torre de Televisão, mas esta intenção encontra mais dificuldades, hoje em dia, devido a alternativas como a Internet ou os Telefones por Satélite.
O Bombardeamento da segunda maior Cidade da Ucrânia, Kharkiv, foi descrito pelo Presidente Volodymyr Zelenskyy, como um Crime de Guerra.
Aliás, como se disse antes, já se abriu uma Investigação e as Audiências começam na próxima semana.
Enquanto isso, terão chegado mais Tropas Russas a Kiev, por Meios Aéreos.
O Líder Ucraniano, que foi aplaudido de pé durante o seu Discurso no Parlamento Europeu – terça-feira -, diz que a Ucrânia está a lutar pela sobrevivência.
É esperada uma Segunda Ronda de Negociações de Paz, nesta quarta-feira, 2, mas Volodymyr Zelenskyy impõe condição. “Quanto ao Diálogo, acho que sim, mas é necessário parar de bombardear as pessoas primeiro e começar a negociar depois”, vinca. Enquanto não calam as armas – numa Guerra que já dura sete dias! -, voluntários juntam-se às Forças Ucranianas e a População mobiliza-se para defender o seu País…como pode.
Estado da União de Biden
O primeiro Discurso sobre o Estado da União do Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, na noite de terça-feira, 1 – de acordo com pt.euronews.com -, foi dominado pela Invasão da Rússia à Ucrânia.
A Intervenção, onde normalmente é apresentado o Programa para o próximo ano, foi transformada numa Alocução Solene e assertiva do Líder Democrata, com palavras certeiras contra o Presidente da Rússia, Vladimir Putin.
“Este último Ataque de Putin à Ucrânia foi premeditado e não provocado. Rejeitou os Esforços da Diplomacia. Pensou que o Ocidente e a NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) não iriam responder. E pensou que podia dividir-nos aqui em Casa, nesta Câmara e na Europa. Putin estava enganado”, sustenta Biden, que anunciou, também, o Encerramento do Espaço Aéreo a Aviões Russos.
Durante uma ovação de pé, a Embaixadora Ucraniana nos EUA, visivelmente emocionada, segurou as emoções e a Bandeira do seu País.
“O Departamento de Justiça está a criar um Grupo de Trabalho, dedicado a ir atrás dos Crimes dos Oligarcas Russos. Juntamo-nos aos Aliados Europeus, para encontrar e apreender os seus iates, apartamentos de luxo ou jatos privados. Vamos atrás dos ganhos ilícitos e, esta noite, anuncio que nos juntaremos aos nossos Aliados no Encerramento do Espaço Aéreo Norte-Americano a todos os vôos Russos”, declarou Biden.
Com a popularidade em queda, o Líder dos EUA quer os eleitores do seu lado e quis, também, passar uma Mensagem de Confiança Económica.
O Presidente dos EUA mencionou, ainda, a saída da Pandemia. Mas, tal como quem o ouvia, ninguém esperava que a Emergência Central fosse uma Guerra no Centro da Europa.