O Conselho de Segurança das Nações Unidas adoptou, domingo, uma Resolução a convocar, para esta segunda-feira, 28, uma Sessão Extraordinária de Emergência da Assembleia-Geral da ONU, para que os seus membros se pronunciem sobre a Guerra na Ucrânia, que já vai no seu quinto dia.
A Resolução, apresentada pelos Estados Unidos da América e Albânia – explica o portal jn.pt -, foi aprovada por 11 países. A Rússia votou contra, os Emirados Árabes Unidos, a China e a Índia abstiveram-se.
Apesar de a Rússia ter votado contra, nenhum Veto poderia ser acionado nesta Sessão por um dos cinco Membros-Permanentes do Conselho de Segurança, incluindo a Rússia, de acordo com: “A união para a Manutenção da Paz”.
Na sexta-feira, a Rússia pôde Vetar uma Resolução dos Estados Unidos e da Albânia, que condenava a Invasão Russa e exigia a Retirada Imediata das Tropas da Ucrânia.
Justificação
A Resolução adoptada no domingo justifica a Convocação da Sessão Extraordinária da Assembleia-Geral com a “falta de unanimidade”, na sexta-feira, dos Membros Permanentes do Conselho de Segurança, que “o impediu de exercer a sua responsabilidade primordial pela Manutenção da Paz e Segurança Internacionais”.
A Sessão Extraordinária da Assembleia-Geral da ONU será aberta pelo Presidente deste Órgão, Abdulla Shahid, e pelo Secretário-Geral da ONU, o português António Guterres.
Ainda nesta segunda-feira, a pedido da França, haverá uma Nova Reunião de Emergência do Conselho de Segurança, a quinta numa semana, desta feita para abordar a Crise Humanitária causada na Europa pelo Conflito.
A França pretende que seja adoptada uma Resolução a exigir “o Fim das Hostilidades e a Protecção de Civis”, bem como o “Acesso Humanitário sem restrições”.
Domingo, a posição sobre esta Resolução por parte da Rússia, que pode utilizar o seu direito de Veto, ainda não era conhecida.
Próximas 24 horas são “cruciais”.
Os ucranianos passaram mais uma noite – a quinta! – sob a ameaça de Ataques Aéreos, refugiando-se em abrigos subterrâneos, caves ou estações de Metre.
O Presidente da Ucrânia, Zelensky, avisou que as próximas 24 horas na Capital serão “cruciais”.
Segundo os militares Ucranianos, as Forças Russas “continuaram a bombardear em todas as direcções”, no domingo.
Entretanto, Kiev e Moscovo prepararam-se para Conversações na Fronteira da Bielorrússia.
Em desenvolvimentos anteriores, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, colocou as Forças Nucleares em “Alerta máximo”, citando declarações agressivas de Líderes da OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) e as várias Sanções Económicas impostas pelo Ocidente, contra Moscovo
A União Europeia concordou em enviar Armas para a Ucrânia, que foi considerado um passo sem precedentes.
O Bloco também está a fechar o seu Espaço Aéreo aos Aviões Russos e está a proibir os Meios de Comunicação Social Estatais Russos.
As Autoridades Ucranianas deram conta de 352 baixas entre os civis durante a Invasão Russa, mas não foi adiantada qualquer informação sobre o número de mortes entre as suas Tropas. Portanto, é uma informação que carece de confirmação de fonte independente.
Por seu lado, a Rússia admitiu, pela primeira vez, que há Soldados “mortos e feridos” entre as suas Forças presentes na Ucrânia.
Como já se disse anters, o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas reúne-se, hoje, numa Sessão de Emergência. No Encontro, os 193 Membros expressam os seus pontos de vista sobre a Invasão e discutem Estratégias de Isolamento da Rússia.
Lembrete
A Rússia lançou na madrugada de quinta-feira, 24, uma Ofensiva Militar na Ucrânia, com Forças Terrestres e Bombardeamento de alvos em várias Cidades, que já mataram mais de 200 civis, incluindo crianças, segundo Kiev.
A ONU deu conta de perto de 370 mil deslocados para a Polónia, Hungria, Moldova e Roménia.
Presidente Russo, Vladimir Putin, disse que a “Operação Militar Especial” na Ucrânia visa desmilitarizar o país vizinho e que era a única maneira de a Rússia se defender, precisando o Kremlin que a Ofensiva durará o tempo necessário.
O Ataque já foi condenado (quase) pela generalidade da Comunidade Internacional e a União Europeia e os Estados Unidos, entre outros, responderam com o envio de Armas e Munições para a Ucrânia e o Reforço de Sanções para isolar (ainda mais!) Moscovo.