Apoiado pelos seus familiares dentro e fora do campo de futebol, Hélder Patrick Moreira, é um jovem de 26 anos que entrou no mundo desportivo ainda criança, por incentivo dos pais. Djon, como também é conhecido pelos mais próximos, não esconde que o seu maior sonho é ser um jogador profissional, mas defende que, “antes de ser um jogador de futebol, devemos lembrar do ser humano que somos, dentro e fora do campo de futebol”.
Crescido em Lém Fereira, na Praia, Hélder Moreira conta que, desde criança, aos seis anos, já participava dos
“amigáveis” feitos no bairro onde começou a ganhar gosto pelo futebol e presistiu ainda mais com a motivação da sua família.
“Encontrei o futebol em casa”
“Posso dizer que encontrei o futebol em casa, porque os meus tios, a minha mãe e o meu pai também estiveram ligados a este desporto. Então, penso que é algo que corre no nosso sangue familiar”, diz ao A NAÇÃO.
“Sempre vi o meu tio Jordão Quiroga e o Tutusca a jogarem futebol e foram sendo os meus ídolos até então”, acrescenta neste abrir de página da sua vida.
A nível internacional o maior ídolo do nosso entrevistado é Philipp Lahm, que lhe serve de inspiração devido a sua técnica e serenidade nos jogos.
No entanto, como faz questão de realçar e lembrar, a sua força e maior motivação, segundo diz, advém de sua própria família, que sempre lhe dá todo o apoio.
“Tenho uma filha de dois anos que me enche de inspiração e o apoio da minha família é a força que tenho no campo de futebol”, frisa.
O sonho de ser jogador profissional
Hélder Moreira confessa também que, como todo o jovem desportista, tem sonhos futuros para alcançar, sonhando poder ajudar a melhoria das condições de vida e bem estar dos familiares, que estão sempre com ele
nas vitórias e nas derrotas.
“O meu maior sonho é ser um jogador profissional e um dia representar a minha bandeira, jogando na selecção nacional de Cabo Verde. Quero fazer a minha carreira no futebol e poder dar melhores condições de vida à minha família, principalmente à minha filha e minha companheira”.
Por ora, o seu desafio maior passa por esforçar-se cada vez mais nos treinos para que possa evoluir técnicamente e adequerir maior desenvoltura em campo.
Para isso, este jovem garante que implementou uma rotina de treinos e cuidados, aliada a uma alimentação equilibrada, para que vá adquerindo aos hábitos de um jogador profissional.
“Todos os dias acordo às 05:30 para treinar no período da manhã. Depois reservo alguns dias onde faço treinos extras no final da tarde. Não é fácil descansar e conciliar o tempo dos treinos com a vida profissional, que não
é fixa, e dar a devida atenção à minha família, durante o dia”.
Valorizar a família e os amigos
Djon, ou Hélder Moreira, realça a importância de um jogador de futebol ser resiliente e valorizar a família, os amigos e todos aqueles que os ajudam a ser melhores seres humanos.
“Antes de ser um jogador de futebol, devemos lembrar do ser humano que somos, dentro e fora do campo de futebol”, defende.
Com neste preceito, este jovem acredita que um dia, no futuro próximo, irá alcançar as suas metas e realizar os
seus sonhos, com “humildade, garra, determinação, atitude e respeito pelos colegas de campo e principalmente pele minha essência”.
Por: Tiana Silva
Publicada na edição semanal do jornal A NAÇÃO, nº 755, de 17 de Fevereiro de 2022