O Governo de Cabo Verde condenou hoje, “inequivocamente”, o recurso à ameaça e uso de força nas relações entre estados, após a Rússia avançar, esta madrugada, com ações militares de bombardeamento na Ucrânia. O executivo defende o retorno ao diálogo.
“O Governo de Cabo Verde vem acompanhando com preocupação os desenvolvimentos recentes, incluindo, desde esta madrugada, a operação militar da Rússia na Ucrânia, na sequência do reconhecimento de duas regiões ucranianas por esta última”, começou por dizer, em comunicado enviado à imprensa.
Para o executivo, estamos perante um cenário que representa o maior desafio e ameaça global à paz e segurança internacionais, que põe em causa a segurança e bem-estar das populações civis, podendo despoletar consequências políticas, económicas e sociais, não apenas no leste europeu como também no resto do mundo.
Defende, segundo disse, o respeito pelos valores e pelo Direito internacional, plasmados na Carta das Nações Unidas. Neste sentido, reitera a defesa do princípio de igualdade soberana e integridade territorial dos Estados.
Por fim, recomendou que não se devem poupar esforços, com vista ao cessar fogo imediato e que se deve buscar uma saída diplomática através do retorno ao diálogo e negociações para a resolução do conflito.
“A aplicação das disposições dos Acordos de Minsk, em conformidade com a Resolução 2202 (2015) do Conselho de Segurança, pelas Partes revela-se fundamental para o efeito”, terminou.
Recorde-se que madrugada desta quinta-feira, 24, a Rússia avançou com ações militares na capital ucraniana. Após o início da invasão, está a exigir, segundo a imprensa internacional, a rendição de Kiev.
Para além da capital, Kiev, explosões foram já ouvidas em várias cidades, com ataques aéreos, e os guardas de fronteira ucranianos deram conta da entrada de forças terrestres ao norte, leste e sul do país.