O presidente da Câmara do Comércio de Sotavento (CCS) considerou, esta quinta-feira,17, que as políticas públicas, implementadas em Cabo Verde, não têm sido favoráveis ao desenvolvimento do negócio e dificultam o crescimento do sector empresarial. E alerta para o aumento de preço de mais de dois mil produtos importados.
Durante um encontro, com instituições financeiras, Marcos Rodrigues lamentou as dificuldades no acesso ao financiamento e exortou a um entendimento entre o sector financeiro e o mercado.
Na busca de soluções, como o acesso aos recursos financeiros em condições mais favoráveis à realização de investimentos e ao acesso ao financiamento, bem como o apoio às tesourarias, lamentou igualmente, que uma série de novos desafios estão a embaraçar o mercado que, na sua óptica, precisa ser desanuviado.
Aumentos diretos
Dois mil produtos importados sofrem aumentos directos, denunciou, sublinhando que a restauração teve aumento do Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) de 13 para 15 %, a importação no sector automóvel complicou-se, enquanto o Governo precisa arrecadar mais impostos, para poder melhorar as contas públicas.
Ao considerar que a saída de uma crise leva, quase sempre, muito tempo para chegar ao ponto de estabilidade, Marco Rodrigues alertou que, até 2025, caso não haja grandes mudanças, a classe empresarial andará um pouco a “apalpar o terreno para encontrar uma almofada para se respirar”.
O empresário frisou que a classe que dirige está a ultrapassar um período complicado, com o início de uma nova etapa que simboliza uma incógnita para os pares.
Relações com a banca
O encontro, segundo disse, serviu para contribuir para uma melhor aproximação e relacionamento com o sector bancário, sobre o interface banca-empresários.
Realçou que, apesar da abertura da banca para acudir os problemas dos empresários, as soluções que afectam o tecido empresarial cabo-verdiano não dependem só e apenas das instituições financeiras, porquanto há vários outros “players”, razão pela qual a CCS pretende levar estas questões à própria governação do país.
A novel comissão diretiva da CCS, eleita recentemente, de acordo com o seu presidente, definiu como prioridade a construção de pontes para a melhoria do ambiente de negócios no pós-pandemia.
C/ Inforpress