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Sal

Militar encontrado morto: Familiares acusam Forças Armadas de descaso, mas corporação nega

Familiares do militar encontrado morto no Sal, esta terça-feira, 15, com “evidências de suicídio”, alegadamente por uma arma de fogo, acusam as Forças Armadas de descaso. Segundo conta a tia, o militar sofria de depressão, estava há dois dias de turno, à noite e sem comer. Contatadas pelo A Nação online, as Forças Armadas negam as acusações.

Uma tia da vítima diz que o militar em questão apresentava indícios fortes de depressão e diz que, mesmo assim, não teve acompanhamento psicológico na corporação. Segundo conta, o sobrinho esteve por dois dias seguidos de turno à noite, alegando cansaço e fome.

“Não compreendo como é que mesmo com indícios de que meu sobrinho estava com depressão, ele não teve acompanhamento psicológico e ainda colocam uma arma de fogo nas mãos de um militar com depressão. Ele esteve de guarda por dois dias seguidos à noite, cansado e com fome”, escreve a tia no Facebook, onde responde pelo nome de Aytsie Dom.

Inclusive, a tia foi contatada pelo nosso online, remetendo declarações para mais tarde, pois, dado o luto, não era o momento para falar à imprensa.

Forças Armadas negam descaso 

Confrontado com as acusações pelo A Nação online, o comandante da 2ª Região Militar, Major João Monteiro nega as acusações.

Segundo conta essa fonte essa corporação militar não tinha conhecimento da alegada depressão do militar. Desmente também que o militar em questão tenha feito dois turnos noturnos seguidos.

“Em nenhum momento tivemos a informação de que algum militar estava com depressão. Também dizer que nenhum militar faz dois dias de turno seguidos. O militar em questão esteve em missão no aeroporto durante uma hora na noite a seguir ao dia de turno e regressou ao quartel”, informa o Major João Monteiro.

Relativamente à alimentação, a mesma fonte avança que neste dia o militar ofereceu o almoço para um colega de serviço, refutando as acusações de fome.

O caso

De recordar que o militar foi encontrado pelo seu colega de serviço que terá se dirigido ao local, após ouvir um disparo de arma de fogo.

Informações preliminares, avançadas pelas Forças Armadas, apontam para suicídio como causa do óbito.

A instituição diz ter acionado, de imediato, a Polícia Judiciária e a delegacia de saúde do Sal para os procedimentos necessários, e informa que já se abriu um inquérito para apurar os factos e as circunstâncias do óbito.

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