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Cultura

Menos de dois anos para inscrever a Tabanca na Lista do Património Mundial

O presidente do Instituto do Património Cultural (IPC), Jair Fernandes, prevê que em menos de dois anos, Cabo Verde terá a Tabanca inscrita na Lista do Património Mundial da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

“Estou em crer que em menos de dois anos teremos todo o processo finalizado e entregue, com resultado que se almeja, que é a inscrição da Tabanca na Lista do Património Imaterial da Unesco”, avançou Jair Fernandes citado pela Inforpress.

O responsável do IPC acrescentou que o corpo técnico já está constituído, o dossiê da candidatura já está a ser trabalhado e que toda a parte burocrática já foi avançada.

Fernandes avançou ainda que as resoluções que cria a equipa e que prevê a inscrição da Tabanca no livro de registo já estão concluídas, juntamente com uma petição em curso de grupos de Tabanca, manifestando esse interesse e a parceria efectiva com o Estado de Cabo Verde para a materialização deste projecto de Tabanca, que é também Património Cultural Imaterial Nacional.

“Estamos em crer que o projecto de Tabanca terá um grande impacto, assim como foi o da Morna. Prevê toda uma dinâmica científica, da recolha de imagem e o inventário que já foi realizado, mas também a constituição técnica do dossiê, para além do plano de salvaguarda, que é um instrumento elaborado em parceria com os grupos, com as câmaras municipais e todos os envolvidos que são chamados a pronunciar”, adiantou.

Olaria de Fonte Lima 

Em relação ao património imaterial, Jair Fernandes destacou o da Olaria de Fonte Lima, em Santa Catarina, que este ano será transferido para outros espaços, nomeadamente na localidade Trás-dos-Montes, no município do Tarrafal, em Rabil na ilha da Boa Vista e São Domingos, que são centros oleiros a nível nacional.

Em 2021, no que se refere ao projecto de salvaguarda da Olaria de Fonte Lima, o presidente do IPC realçou que conseguiram resultados positivos, já que teve como base, “não só o saber fazer tradicional, mas também o empoderamento de uma classe concreta, que são as mulheres de Fonte Lima no interior da ilha de Santiago”.

Projecto de salvaguarda da Cimboa

Na área do património imaterial, Jair Fernandes referiu-se ainda ao projecto “Cimboa –  património para o desenvolvimento sustentável”, financiado pelo Pró-Cultura da União Europeia, que está em andamento e que tem por base a “salvaguarda deste instrumento extremamente importante e que infelizmente, com os anos, caiu em desuso”.

O projecto visa a promoção do auto-emprego sustentável, a inclusão de jovens e mulheres desempregadas e a rentabilização da renda de artesãs e músicos em actividade, a partir da salvaguarda e reapropriação de um bem patrimonial e sua inserção no mercado nacional e internacional.

C/Inforpress

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