A “má fiscalização” da lei do grogue é apontada como uma das maiores dificuldades enfrentadas em Santo Antão pelos agricultores e produtores.
Segundo o agricultor e produtor António Carente, que falava à imprensa após o encontro com produtores e comerciantes de grogue de Santo Antão, a fiscalização na ilha está “mal”.
António Carente recordou que em 2015, com a entrada da lei do grogue, que “obrigava” os agricultores e produtores a produzirem um produto de qualidade, Santo Antão teve alguns “sucessos” em termos económicos e também na saúde pública.
Entretanto, a mesma fonte enfatizou que, com o passar do tempo, a lei “deixou” de ser “aplicada” e houve uma “sobrelotação” dos hospitais e também queda da economia da ilha.
Outro produtor, João Pinto, que foi na mesma linha do pensamento de António Carente, salientou que este tipo de encontros “já não passam de mesmises”.
Câmara admite que fiscalização não está a nível desejado
Por sua vez, o presidente da Associação dos Municípios de Santo Antão, Aníbal Fonseca, afirmou que “houve progresso” na fiscalização, entretanto, a mesma ainda não está num nível “desejado”.
“Nessas questões de fiscalização há quem reclame do excesso e há utros que reclamam do défice do mesmo. Há que se harmonizar e avançar, mas também temos a questão do laboratório de Afonso Martinho, que ainda não funciona e já era para estar a funcionar há muito tempo”, expôs.
Já o ministro da Indústria, Comércio e Energia, Alexandre Monteiro, enfatizou que as “preocupações” dos produtores e agricultores “convergem” com as do Governo e defendeu haver “necessidade” de continuar a implementação de medidas que “reforçam”, “promovem” a fiscalização e mais “qualidade”.
Nesta sexta-feira,04, foi inaugurado, na cidade do Porto Novo, uma delegação do IGAE para responder às reivindicações dos operadores económicos.
C/ Inforpress