Os deputados do PAICV, eleitos por Santo Antão, apontam para “várias dificuldades alimentares” enfrentados pelas famílias no município do Porto Novo.
Para não falar de fome, os deputados citam “deficiência alimentar” no município do Porto Novo. Para Rosa Rocha, deputada, há muitas famílias que estão a passar por dificuldades em conseguir alimentos, pelo que exige “resposta rápida” das autoridades municipais e governamentais, antes do agravar da situação.
“Temos pessoas no meio rural que não têm rendimentos. Não conseguimos encontrar em todas as localidades que visitamos um único grupo de trabalho público para as pessoas terem rendimentos e poderem sustentar a família”, declarou a deputada do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), Rosa Rocha, em declarações à imprensa.
“Não podemos falar de fome porque em Cabo Verde temos alguma dificuldade em falar de fome, mas temos precariedade em termos de acesso a alimentos por parte de muitas famílias no município do Porto Novo. É necessário que o Governo e a câmara municipal dêem resposta atempada às famílias antes que situação seja muito mais grave”, adiantou Rosa Rocha, no final de uma visita a este concelho.
Criadores de gado precisam de resposta
No Porto Novo, os eleitos nacionais do PAICV por Santo Antão ouviram os criadores de gado desde o Planalto Leste à zona baixa do município e constataram que “a situação precisa de uma resposta rápida do Governo”.
A seca, explicou a deputada, criou um problema de degradação da pastagem e não houve, da parte do Governo, projectos de recuperação das espécies forrageiras no concelho, onde há também “deficiência de água em termos de disponibilidade e de acesso”, explicou a deputada.
Disse que existe “um problema de falta de resposta atempada aos problemas” dos camponeses no Porto Novo, dando como exemplo o plano de urgência para mitigação dos efeitos da seca aprovado em Outubro mas que ainda não houve “qualquer resultado” no seio dos criadores e agricultores.
Enquanto isso, o preço do milho e da ração “aumenta dia a dia” e o desconto anunciado pelo executivo governamental de bonificar a ração em 30 por cento (%) é “extremamente insuficiente face à gravidade da situação”, concluiu Rosa Rocha.
C/ Inforpress