O ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, disse, esta segunda-feira, que a TACV precisa de “dinheiro fresco” e “de injecção de liquidez”, para fazer face às despesas, sem, no entanto, avançar o montante a ser avalizado pelo Governo. O mesmo avançou que o Executivo deverá “socorrer” a empresa junto da banca.
Segundo o ministro, que falava em entrevista à Inforpress, para reiniciar as suas actividades acompanhia, deverá necessitar de injecção de liquidez, ou seja, terá que ir à banca, o que neste momento, conforme sublinhou, parece ser a opção mais ajustada para poder ter “dinheiro fresco” e fazer face às despesas, uma vez que o mercado está ainda “muito tímido”.
“Numa primeira fase, num primeiro ano, não se vislumbra que a TACV tenha equilíbrio financeiro a nível das suas operações financeiras, e nós temos indicações para o conselho de administração fazer os contactos com a banca nacional, à procura de fundos para esse efeito”, apontou o governante, referindo que assim que houver essa informação sobre a negociação com a banca, o Governo terá que analisar a forma de apoio a nível das garantias.
Não estando ainda na posse dos valores previstos, Carlos Santos entende, entretanto, que muito provavelmente a banca irá solicitar o aval, devendo o Governo “socorrer” a empresa neste sentido, à semelhança daquilo que está a acontecer com a Lufthansa, com a TAP, em que os governos tiveram que amparar estas companhias.
“Aliás, é o apelo da própria IATA, que é o organismo internacional, da ICAO, para os governos apoiarem nesta fase crítica as suas companhias, daí que o Governo vai ter que socorrer, mas os valores não estão ainda definidos. Muito brevemente a companhia deverá informar sobre isso”, concluiu, reiterando, porém, que neste momento o Governo tem que apoiar a companhia nacional para poder reiniciar as suas actividades.
C/ Inforpress