A maioria dos hotéis, na ilha do Sal, mantém as reservas confirmadas, pelo menos até ao mês de Março, apesar da Ómicron. Para alguns operadores, a nova realidade não configura uma ameaça capaz de abalar a retoma do turismo.
O que mantém essa convicção, segundo disseram à Inforpress, é que a nova variante, apesar de mais contagiosa, é menos letal. Por outro lado, segundo especialistas, as vacinas existentes continuam a proteger da doença, diminuindo especialmente os riscos de hospitalização ou de sintomas severos.
No Hotel Pontão, segundo o proprietário, Manuel António, aquando do aparecimento da nova variante da covid-19, o hotel registou “algum cancelamento” de reservas, mas nestes últimos dias houve “um aumento, embora ligeiro”.
“Quer dizer que, de momento, a ómicron não está a prejudicar muito a vinda de turistas, porque Sal continua sendo uma ilha segura“, reforçou.
Entretanto, uma preocupação é a limitação de trabalhadores, já que, segundo disse, muitos foram infectados, resultado da realização de festas.
Manuel António apelou, por isso, às autoridades locais, a não concederem licenças para festa, pelo menos agora com a nova estirpe, já que tal é “sinónimo de aumento de contágio”.
Corroborando a mesma opinião, a gerente do Hotel da Luz, Nicoleta da Luz, garantiu que não se têm registado pedidos de cancelamentos por parte de clientes, mantendo-se as reservas até ao mês de Março.
“Ainda não tivemos nenhum cancelamento. Estamos com uma ocupação a volta de 85%, até meados de Janeiro, mas também algumas reservas até ao mês de Março. Acreditamos que as reservas vão se manter, apesar da nova vaga da covid-19”, declarou.
Os trabalhadores do Hotel da Luz saíram do lay-off, desde o mês de Outubro. A responsável disse estar em condições de garantir o salário do pessoal a 100%, entre outros compromissos.
“O lay-off foi uma grande ajuda, mas vamos andando com os nossos próprios pés, porque nada é eterno. Estamos esperançados que isso vai acabar e vamos voltar à normalidade”, exteriorizou.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, confirmou que vários estudos apontam que a variante ómicron da covid-19 afecta mais o trato respiratório superior, isto é, não atinge os pulmões como as outras estirpes do novo coronavírus.
C/ Inforpress
