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Política

Corsino Tolentino vai hoje a enterrar em Coculi, Santo Antão, ilha onde nasceu

Imagem: inforpress

O corpo de Corsino Tolentino,  falecido na manhã de ontem, Terça-feira, 21, na Cidade da Praia, vítima de doença prolongada, vai a enterrar hoje, à tarde, às 16:00, no cemitério do Conclui, Santo Antão, ilha onde nasceu no dia 30 de Maio de 1946.

Segundo avança a Inforpress, que cita uma fonte da família, o corpo daquele que foi Combatente da Liberdade da Pátria, ministro da Educação, diplomata, intelectual e figura de proa em Cabo Verde, deve chegar a São Vicente num voo que parte da Cidade da Praia, seguindo a viagem de barco para Santo Antão, as 14:00, no ferry Chiquinho BL, confirmou fonte familiar.

Corsino Tolentino padecia de Paralisia Supranuclear Progressiva, doença que o levou a lançar no dia 26 de Novembro deste ano, na Cidade da Praia, o seu último livro intitulado “A vitória é hoje. A minha relação com a Paralisia Supranuclear Progressiva” no qual relata a sua vivência diária com a doença.

André Corsino Tolentino, 75 anos, era natural de Santo Antão, Doutor pela Universidade de Lisboa, Mestre pela Universidade de Minnesota, embaixador jubilado, Professor Universitário, sócio correspondente da Academia de Ciências de Lisboa e com várias obras publicadas.

Desempenhou as funções de ministro da Educação, secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e embaixador de Cabo Verde em vários países, nomeadamente em Portugal.

Foi consultor do Banco Mundial e promotor da Associação das Universidades de Língua Portuguesa (AULP) e do Instituto da África Ocidental (IAO).


Manifestações de pesar e consternação

A morte de Corsino Tolentino está a causar reações de pesar dos mais diversos quadrantes da sociedade civil cabo-verdiana no país e no estrangeiro e também do Presidente da República e partidos políticos que se mostram consternados com a sua morte.

“Trata-se de uma enorme perda para Cabo Verde. Corsino Tolentino foi um combatente destemido pela liberdade e sempre foi um defensor acérrimo da dignidade das cabo-verdianas e dos cabo-verdianos”, realçou o Presidente da República, José Maria Neves.

O Partido Africano para a Independência de Cabo Verde (PAICV), onde militou Corsino Tolentino, também reagiu à sua morte com “muita consternação”, recordando que foi um “militante exemplar” e que deixou imenso legado político e cultural ao país.

O PAICV recorda o homem que deu um “valioso contributo” ao processo de mudança política em 1991, como um dos integrantes do grupo dos negociadores, indicados pelo partido, para o processo de mudança política para o multipartidarismo, numa transição considerada por todos como bem-sucedida.

O Movimento para a Democracia (MpD), por sua vez, recebeu a notícia com “tristeza e profundo pesar”, segundo o comunicado chegado a esta redação, assinado pela secretária-geral Filomena Delgado.

“Cabo Verde sofreu uma grande perda, a perda de um Combatente da Liberdade da Pátria, de um homem simples, culto e que gostava de conversar e debater sobre assuntos de política, cultura e sociedade”, refere o documento.

C/ Inforpress

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