A Associação de Criadores de Gado do Porto Novo, em Santo Antão, alertou hoje, mais uma vez, para a necessidade de se resolver o problema da ração animal no mercado local, o que está a deixar esses profissionais numa situação “difícil” e, para resolver o problema, sugerem que seja o Ministério de Agricultura e Ambiente a vender a ração.
Romeu Rodrigues, representante desta associação apela assim para que o Ministério da Agricultura e Ambiente (MAA) veja o que se passa com empresa contratada para fornecer a ração, que não está a dar conta do recado, pois, lembra, “já no ano passado tinha falhado” com a classe.
Nesse sentido, para mitigar o problema, sugerem que seja o MAA a assumir a venda da ração.
Recorde-se que este ministério, no quadro do plano de mitigação dos efeitos da seca e do mau ano agrícola, contratou uma empresa local para fornecer, a um custo bonificado, ração animal, mas os criadores não têm encontrado o produto no mercado, o que, segundo Romeu Rodrigues, está a criar dificuldades aos pastores. Uma situação que já havia sido denunciada antes por criadores.
Cumpri contrato
Já o delegado do MAA no Porto Novo, Joel Barros, admite que a empresa contratada para disponibilizar a ração não tem conseguido fornecer o produto aos criadores de gado devido à falta de matéria-prima (milho de segunda) no mercado.
Contudo, este responsável disse que a empresa tem um contrato assinado com o MAA para vender a ração aos criadores de gado um custo bonificado (30% de desconto) e “deve criar as condições para cumprir o contrato”.
Esse responsável argumenta ainda que a empresa em causa chegou, nos primeiros dias, a atender vários criadores, mas que, neste momento, devido à falta de matéria-prima não tem conseguido disponibilizar o produto.
Este ano voltou a não chover no concelho do Porto Novo que, segundo o presidente da câmara municipal, Aníbal Fonseca, enfrenta quatro anos de seca consecutivos, sendo este o mais difícil, com impacto na actividade agrícola e pecuária.
C/Inforpress