Recém-eleito presidente da Federação Cabo-verdiana de Futebol (FCF), Mário Semedo foi hoje,11, investido e quer um novo modelo para o campeonato nacional como prioridade.
“É um desafio que temos de enfrentar com muita determinação e garra e vamos tudo fazer para que possamos implementar este projecto que vai mudar substancialmente o panorama do futebol nacional”, indicou Mário Semedo.
Revelou, ainda, que têm projectos desenhados a nível social, que é a “formalização do projecto futebol solidário” dirigido sobretudo para os antigos atletas, bem como uma escola de governação, não só para dirigentes, mas também para os demais dirigentes agentes desportivos que têm uma “envolvência directa com o futebol”.
“Temos ainda desafios a nível do empoderamento das associações regionais de futebol”, frisou Mário Semedo, lembrando que no mandato anterior havia avançado com a distribuição dos meios dos transportes para as regiões desportivas, numa perspectiva de apoiar a deslocação das equipas durante as competições.
Segundo ele, muitas vezes os atletas eram transportados em viaturas sem as condições ideais para o efeito e, agora, “têm um autocarro que lhes possibilite um transporte mais condigno, com mais conforto e mais seguro”.
Cabo Verde com excesso de clubes
“A nível dos clubes, temos um projecto que é fundamental, que é o recenseamento dos clubes. Não podemos continuar com o número de clubes que temos, que é superior a 150”, apontou o recém-empossado presidente da FCF.
Para Semedo, é “inconcebível” que um país como Cabo Verde tenha tantos clubes, enquanto Senegal, com 15 milhões de habitantes, tem muito menos clubes que o arquipélago.
Instado se a FCF vai eliminar o excesso de clubes, respondeu: “Não vamos eliminar por decreto. O licenciamento de clubes tem um regulamento próprio e existem as exigências. E os clubes que não reunirem as condições não vão poder competir”.
“Isto não é uma exigência nossa ou por capricho próprio. É uma exigência da FIFA e da CAF”, esclareceu, acrescentando: “temos clubes com qualidade e que possam, de facto, contribuir grandemente para o desenvolvimento do futebol”.
C/Inforpress