A Associação dos Agentes de Segurança Prisionais de Cabo Verde apresentou um conjunto de reivindicações ao Governo, nomeadamente a falta de agentes, fardamentos dignos para representar a classe, défice de segurança e resolução das promoções em atraso a nível nacional.
Estas preocupações foram elencadas à imprensa, pelo seu presidente, no acto central de comemoração do Dia Nacional dos Agentes e Segurança Prisional, na Cadeia Civil de São Martinho.
Claudino Tavares, citado pela Inforpress, apontou ainda a ausência de chefias nas cadeias, com o argumento de que “praticamente todos já se encontram na reforma”, pelo que o cargo de oficial de serviços está a ser desempenhado por agentes prisionais, agravado pela falta de promoção na carreira.
A cadeia central da Praia dispõe actualmente de cerca de 90 efectivos, mas Claudino Tavares considera que o ideal seria 150 agentes, tendo em conta a superlotação deste estabelecimento prisional e para dar resposta a situações de distúrbio nos diferentes sectores.
“Temos falta de agente para podermos ter uma boa segurança, para podermos ocupar todas as alas e sectores nas cadeias. A situação prioritária neste momento é promoção, fardamentos, recrutamento de novos agentes e questões de segurança. Esta é uma prioridade a nível nacional”.
Claudino Tavares mostra-se preocupado com o facto de as cadeias nacionais recorrerem a pessoas externas para reforçar o trabalho de segurança, por falta de efectivos, ao mesmo tempo que desafiou o Governo a apostar na assunção dos agentes prisionais, tanto na direcção da cadeia como nos serviços penitenciários, alegando que a classe está dotada de quadros competentes na área.
C/ Inforpress