A União Europeia (UE) vai avançar com sanções a pessoas e instituições da Bielorrússia. À saída do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), reunido de Emergência, a resposta à Crise Migratória na Fronteira com a Polónia, a Lituânia e a Estónia era consensual.
Sven Jurgenson, embaixador da Estónia na ONU – citado por pt.euronews.com -, considerou que “esta tática é inaceitável e apela a uma forte reacção e Cooperação Internacionais, a fim de responsabilizar a Bielorrússia. Demonstra como o Regime de Lukashenko se tornou numa ameaça à Estabilidade Regional”.
O diplomata Estónio advertiu, ainda, “as autoridades bielorussas” a “compreender que exercer pressão sobre a União Europeia desta forma, através de uma instrumentalização cínica dos migrantes, não terá sucesso”.
Rússia auxilia Lukashenko
O Presidente Bielorrusso, Alexander Lukashenko, admitiu, entretanto, ter pedido, segunda-feira, ao homólogo Russo, Vladimir Putin, Bombardeiros Nucleares para vigiar a Fronteira com o espaço Comunitário.
A Rússia acedeu ao pedido e tem patrulhado os céus da Bielorrússia, no âmbito do que diz ser as suas obrigações, enquanto membro da Aliança Militar Inter-Governamental, estabelecida pelo Tratado de Tashkent.
No entanto, Moscovo não fecha a porta ao diálogo com a União Europeia e responsabiliza, implicitamente, a EU, pelas crises vividas nos países de origem dos migrantes, que, agora, tentam entrar no Espaço Europeu.
“A saída, obviamente, passa pelo diálogo”, afirmou Dmitry Polyansky, embaixador-adjunto da Rússia na ONU, lembrando, ainda, que “não é a primeira vez que a União Europeia enfrenta tempos de Crise como este, podemos recordar os motivos pelos quais estas pessoas estão a fugir dos seus Países, quem esteve por trás disso, que Países destruíram os seus Países”.
No “Twitter”, a Missão Russa nas Nações Unidas acusa os líderes Europeus de quererem retratar a Bielorrússia e a Rússia como “perpetradoras da Crise” e de dualidade de critérios, quando a postura da UE em relação aos migrantes resgatados no Mediterrâneo “foi drasticamente diferente”.
De acordo com a Organização, “não há nenhuma razão legítima para a Bielorrússia enviar pessoas que chegaram, legalmente, ao País, de volta para os seus Estados de origem”, tal como, alegadamente, é exigido pelo Bloco Comunitário.
Mas, sem Apoio Europeu, Lukashenko preferiu passar às ameaças. O Presidente Bielorrusso diz estar a ponderar cortar o fornecimento de Gás à Europa.