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Portugal: Militares suspeitos de tráfico 

Imagem: dn.pt

A Polícia Judiciária (PJ) portuguesa deteve dez suspeitos e fez mais de cem buscas em instalações militares e casas particulares, naquela que é uma das maiores operações de sempre contra elementos das Forças Armadas, no âmbito da investigação a uma alegada Rede de Tráfico de Diamantes, Ouro, Droga e Armas, provenientes de África, por parte das Tropas Portuguesas em missões. 

O quartel dos comandos da Carregueira, na Grande Lisboa (a Capital de Portugal), foi o centro da Operação – conta o portal pt.euronews.com -, já que é ali que está concentrada a maioria dos suspeitos, mas a Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ fez buscas, na maioria domiciliárias, em pontos de todo o Território Continental e na Madeira.

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, entende que a imagem das Tropas Portuguesas não sai afectada.

“O contributo de Portugal para a Segurança Internacional é reconhecido por todos e o papel das nossas Forças Especiais, destacadas em diferentes teatros de operações é, também, muito reconhecido. É um papel muito importante, que muito honra Portugal. A minha leitura é que as Autoridades Judiciais competentes, quando entendem que devem realizar diligências, as realizam. Em Portugal vigora o Princípio da Separação de Poderes, portanto, à Justiça o que é da Justiça”, destacou o ministro.

A “Operação Miríade” – com ponto alto, na segunda-feira, 8 -, visa elementos das Forças Armadas, notadamente, dos Comandos, mas, também, da PSP (Polícia de Segurança Pública) e da GNR (Guarda Nacional Republicana).

“Miríade” é o culminar de uma denúncia feita, no final de 2019, e que tem vindo a ser investigada pelas Autoridades, que diz respeito às Tropas de Manutenção da Paz, presentes na República Centro-Africana, no âmbito de uma missão da ONU (Organização das Nações Unidas).

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