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Santiago

Cabo Verde conta com mais 17 médicos fruto de uma parceria Uni-CV/Universidade de Coimbra

Os 17 novos médicos foram formados através do primeiro mestrado integrado em Medicina, fruto de uma parceria entre a Universidade de Cabo Verde (Uni-CV) e a Universidade de Coimbra (Portugal)

O projeto, implementado em 2015, foi concluído este sábado, 6, no Campus de Palmarejo Grande, na Cidade da Praia, com a cerimónia de outorga. Na ocasião, o diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, Robalo Cordeiro, comprometeu-se em inscrever os novos médicos cabo-verdianos na Associação dos Antigos Estudantes de Medicina da Universidade de Coimbra, “para continuarem a vivenciar a Academia”.

“Essa formatura representa um privilégio, orgulho e uma honra por serem alunos exemplares e com um nível de dedicação muito da acima da média”, salientou o responsável, considerando os novos médicos “exemplos” de todos aqueles que passam pela Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Robalo Cordeiro comprometeu-se também em alargar o âmbito deste projeta a nível da formação avançada, nomeadamente ao programa de doutoramento em Ciências da Saúde.

Acrescentou ainda a criação de vagas para que docentes da Universidade de Cabo Verde, antigos estudantes e outros licenciados, ao abrigo deste protocolo, para que possam ter entrada nesse programa de doutoramento. Já a reitora da Uni-CV, Judite Nascimento, salientou a consecução desse desiderato, considerado um princípio “ousado e ambicioso”, por criar condições para a formação dos médicos, em parceria com a Universidade de Coimbra.

“Em março de 2024 após a tomada de posse de reitora da Uni-CV solicitei um encontro com o então primeiro-ministro para apresentar as metas e os desafios do novo programa para o mandato de quatro anos (…) e foi considerado um programa muito ousado por ser o maior desafio da instituição”, explicou Judite Nascimento.

A partir daí, segundo a responsável, criou-se “um grande compromisso e uma conexão” entre a vontade política e uma instituição académica, “capaz de conduzir o sonho e a ambição num projeto exequível”, permitindo ao país melhorar os seus indicadores de qualidade de sistema da saúde e “formar médicos competentes”.

Hagi Lopes, em representação dos formados, disse que foi “um percurso árduo”, mas com “um fim triunfante”, depois de três primeiros anos em Cabo Verde e mais dois em Portugal.

“Tivemos uma boa capacidade de respostas e de adaptação e nós os finalistas e o País estamos de parabéns por abraçarmos este projeto”, notou Hagi Lopes, que classificou este modelo integrado de formação de “exigente e competente”. Este projeto, instituído em 2015, foi desenhado com a finalidade de formar médicos cabo-verdianos, na tentativa de colmatar a necessidade do sistema de saúde e consequentemente melhorar a qualidade dos cuidados prestados à população.

O primeiro mestrado integrado em Medicina, com duração de seis anos, é uma iniciativa conjunta das universidades de Cabo Verde (Uni-CV) e de Coimbra (UC).

O curso arrancou com 25 alunos, sendo 20 cabo-verdianos e cinco dos restantes países africanos de língua portuguesa, selecionados num universo de mais de 100 candidaturas, com exigência de média de 17 valores.

O primeiro ano do curso teve um corpo docente de 14 professores, dos quais sete cabo-verdianos e outros tantos portugueses, com salários pagos pela UC, enquanto a Uni-CV, com sede na Cidade da Praia, arcou com um suplemento e despesas de deslocação e estadia dos docentes lusos.

C/Inforpress

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