O escritor cabo-verdiano Germano Almeida, homenageado no passado dia 31 de outubro, no festival literário Escritaria, em Penafiel, Portugal, terá uma réplica do evento no Mindelo, no próximo ano. A promessa é do ministro da Cultura, Abraão Vicente, que também esteve presente na homenagem.
Germano Almeida foi o homenageado da 14ª edição do festival literário Escritaria, realizada em Penafiel, Portugal, marcado pela inauguração de uma escultura com o rosto do escritor, Prémio Camões 2018.
Durante o evento, foi apresentado o seu mais recente livro – “A Confissão e a Culpa”, que dá fim à Trilogia do Mindelo, sucedendo a “O Fiel Defunto” e “O Último Mugido”, onde relata o assassinato inesperado do mais importante escritor de Cabo Verde por um amigo.
Aproveitando a deixa, o ministro da Cultura, Abraão Vicente, anunciou que a homenagem a Germano Almeida não ficará por Penafiel. No próximo ano, a cidade do Mindelo, onde vive o autor, será anfitriã de uma réplica do festival.
“Já está combinado com o presidente da Câmara (de Penafiel), Antonino de Sousa, que no próximo ano vamos fazer no Mindelo um evento igual a este”, anunciou.
O ministro garantiu ainda que será, de facto, uma réplica do Escritaria, uma vez que toda a concepção gráfica do festival será reproduzida.
Para o anfitrião, a internacionalização do festival pode dar um contributo para a aproximação das comunidades que têm em comum a língua portuguesa e criar maior proximidade entre os escritores.
Germano Almeida, por sua vez, mostrou-se emocionado pelo reconhecimento. “Escrevo pelo prazer da escrita, não pelo reconhecimento. Mas é evidente que gostamos destes reconhecimentos, dessas homenagens, embora não viva em função delas”, explicou.
C/ Diário de Notícias
