O candidato às eleições presidenciais deste domingo, Gilson Alves, felicitou José Maria Neves pela vitória à primeira volta e diz que continuará a trabalhar a ideia de um regime presidencialista em Cabo Verde.
Em reação aos resultados provisórios às eleições presidenciais, Gilson Alves, disse que os resultados deste domingo, 17 de outubro, espelham a divisão política no país. Ainda assim, assumiu a derrota nas eleições e felicitou o “esquerdista”, José Maria Neves, pela eleição.
“Prefiro que seja esse presidente do que outro, porque ele é de esquerda, é socialista, tem uma cultura política que está muito mais próxima da minha. Não o conheço como pessoa (…), mas as indicações que tenho são que ele é uma pessoa de bem e que ama o nosso país. Desejo-lhe a melhor sorte”, disse Gilson Alves que falava esta noite em entrevista à RCV.
O mesmo garantiu que continuará a “trabalhar a ideia de um regime presidencialista” em Cabo Verde.
Os dados indicam que Gilson Alves obteve cerca de 0.9% dos votos dos eleitores cabo-verdianos no país e na Diáspora.
Pedido de transferência de local de voto não saiu atempadamente
Gilson Alves não conseguiu exercer o seu direito de voto em Cabo Verde, pois, conforme as informações que constam no site da Comissão Nacional de Eleições (CNE), o seu local de voto era na embaixada de Cabo Verde em Paris, França. Sendo assim, o candidato não pôde votar, o que fez com que não votasse nele próprio.
“É uma tecnicidade. Infelizmente não conseguiu pedir a transferência do local de voto a tempo. Mexo-me bastante como qualquer cabo-verdiano. Por vezes temos motivos de viagem, negócios familiares e, por questões ligadas à pandemia, não me foi possível fazer atempadamente a transferência”, explicou.
Às 22h30, quando faltava fechar Santiago Sul e Américas, JMN somava 51,5% dos votos, contra 42,6% de Carlos Veiga. Em terceiro Casimiro de Pina com 1,8%, Fernando Rocha 1,4%, Hélio Sanches 1,2%, Gilson Alves 0,9% e Djack Monteiro 0,8%.