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Gilson Alves

Presidenciais: Gilson Alves condena “imoralidade” de comícios em plena pandemia

O candidato às presidências de 17 de Outubro, Gilson Alves, encerrou esta quinta-feira, 14, a campanha, em São Pedro, São Vicente. Alves condena a “imoralidade” de comícios organizados por candidatos apoiados pelos partidos e não vai fazer nenhum comício de encerramento hoje, último dia de campanha.

Gilson Alves, que tinha um comício marcado para a noite de ontem, em São Vicente, disse que desistiu por, em consciência, não conseguir ultrapassar a questão da “imoralidade” de um evento destes em tempo de pandemia, apesar de ter planeado o seu comício para “no máximo cem pessoas”.

E após ter visto a Rua de Lisboa, no Mindelo, nesta quarta-feira,13, cheia e com milhares de pessoas próximas e “empacotadas como sardinha em lata”, optou por “não meter nisto”, porque “há pessoas a morrer”.

“Isto é tão imoral, e os candidatos apoiados por partidos têm ignorado completamente as regras morais, de decência. É tão escandaloso, que chega a ser quase criminoso”, advogou Gilson Alves, pedindo à Comissão Nacional de Eleições (CNE) que investigue.

Se for eleito

No seu último dia de campanha em contactos porta a porta pela vila piscatória de São Pedro prometeu, caso for eleito Presidente da República, ajudar na resolução dos problemas das gentes daquela localidade. Além disso, reafirmou o seu propósito em “rasgar” o acordo de pesca entre Cabo Verde e a União Europeia.

“Uma pessoa como eu pode levantar-se de manhã e dar um fim a esse acordo de pesca, rasgá-lo e lançá-lo ao mar”, sentenciou.

Esta semana o candidato defendeu que cabe aos cabo-verdianos decidirem quem será o próximo Chefe de Estado, a 17 de outubro, ainda assim, argumentou que ele deve ser o escolhido do povo.

Alves garante que, com a sua eleição, Cabo Verde tornar-se-á numa “nação excecional”, dado que, para isso acontecer, será necessário ter “homens corajosos e sonhadores”.

Último dia de campanha, sem comício de encerramento

Enquanto político e médico, Gilson Alves afirmou que não fará neste último dia de campanha qualquer evento público, para evitar aglomerações, tendo em conta a pandemia de covid-19.

Recorde-se que estas são as sétimas eleições presidenciais de Cabo Verde, desde 1991, ano em que pela primeira vez a escolha do PR passou a ser feita pelo voto direto, universal e pluralista.

A eleição para o Presidente da República que irá suceder a Jorge Carlos Fonseca, no cargo, acontece no próximo dia 17 de outubro e concorrem sete candidatos: Fernando Rocha Delgado, Gilson Alves, José Maria Neves, Carlos Alberto Veiga, Hélio Sanches, Casimiro de Pina e Joaquim Monteiro.

C/Inforpress

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