Os docentes e funcionários do Instituto Superior de Engenharias e Ciências do Mar, em São Vicente, entregaram um pré-aviso de greve de dois dias à Direção-Geral do Trabalho. A paralisação tem início previsto a partir de 21 de outubro.
Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (Sintap), Luís Lima Fortes, a greve conta com a subscrição de 70% dos funcionários, entre docentes e não docentes do Instituto Superior de Engenharias e Ciências do Mar da Universidade Técnica do Atlântico (UTA).
Conforme o sindicalista, a recente criação da UTA trouxe alguma esperança de investimento académico na ilha de São Vicente, mas a implementação da ideia tem sido muito mal executada.
Um dos exemplos, esclareceu, é à “perseguição àqueles que têm e continuam a contribuir para o desenvolvimento da instituição”.
“A começar pela não valorização dos recursos humanos, funcionários docentes e não docentes onde já se nota indícios de perseguição e tentativa de silenciamento de vozes críticas num ambiente académico”, explicou.
Reinvindicações
Luís Lima Fortes cita ainda a falta de publicação do estatuto do pessoal docente e não docente e nem da lista de transição dos funcionários da Universidade de Cabo Verde para a UTA com a resolução das pendências.
“Dos encontros havidos com o ministro da Educação, o Sintap tomou conhecimento de que o orçamento de 2021 não contemplava o impacto financeiro da resolução das pendências”, realçou o sindicalista.
Lima Fortes reitera que o cenário deve ficar resolvido no orçamento de 2022, em que todos os instrumentos de gestão terão que estar aprovados e publicados no Boletim Oficial ainda neste ano de 2021.
Os funcionários exigem ainda a instalação de importantes órgãos de gestão da UTA, segundo os objetivos indicados na Carta de Missão da Universidade para o ano de 2020/2021”.
Além disso, os colaboradores mostram-se, igualmente, descontentes com a “criação de serviços não previstos na orgânica da UTA sem o aval do Conselho Geral, que também ainda não foi criado, e com a instabilidade na permanência de gestores e dirigentes, dos quais cerca três ou quatro, pediram demissão num período de um ano da criação da UTA”.
Conforme o líder do Sintap, logo que criaram a UTA, a reitoria foi instalada numa residência da zona de Madeiralzinho, mas a intenção é ter uma reitoria que dê atenção à Universidade Técnica do Atlântico e que as coisas sejam feitas conforme foram previstas na criação da UTA.
C/Inforpress