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Economia

Ulisses descarta possibilidade de haver IVA a 0% na água e electricidade 

O primeiro-ministro reiterou, hoje, 7, que o Governo tomou medidas para mitigar os efeitos negativos ao nível da água e energia elétrica. Avançou ainda que, devido ao contexto de crise atual, a atualização salarial só estará em cima da mesa novamente com a retoma da economia.

Ulisses Correia e Silva, que falava durante uma visita à Electra, para se inteirar das ações da unidade de combate a perdas e dívidas e o centro de medições de contadores, descartou a possibilidade de haver IVA a 0% na água e energia, e advogou a necessidade de se equilibrar as finanças públicas do país. 

O primeiro-ministro lembra que Cabo Verde depende da compra de combustíveis do exterior e que os aumentos são reflexos da subida dos preços no mercado internacional, atingindo todos os países. Por isso, descartou a possibilidade de IVA a 0% de água e energia, mas garantiu que o executivo está a criar condições para que esses choques externos venham a ter menos impactos.

“Nós tomamos um conjunto de medidas que é redução do IVA sobre a electricidade e a água, de 15 para 8%. A tarifa social de energia aumentamos de 30 para 50%, ou seja, as pessoas mais pobres não sentem o impacto.

UCS declarou que a diminuição do IVA provoca uma queda “brusca” das receitas do Estado e de que é preciso verbas para “pagar os funcionários públicos, fazer investimentos, para fazer a saúde e a educação funcionarem”. Sendo assim, é preciso encontrar um equilíbrio. 

O primeiro-ministro adiantou ainda que devido à situação atual de crise, o Estado não tem condições para fazer atualização salarial.

“O custo de vida aumenta, mas nós estamos com nível de inflação relativamente baixo, que não ultrapassa 2%. E, falando de inflação acumulada, está em níveis ainda muito comportáveis. Não há uma erosão grande do poder de compra. O Estado de Cabo Verde não tem condições de dar atualização salarial neste momento. Isso pressupõe um aumento na despesa pública que iria criar sérios problemas”

Dessa forma, a atualização salarial só deverá estar sobre a mesa, de acordo com o Chefe do Governo, quando houver recuperação económica.

C/ RCV 

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