O candidato a Presidente da República, Joaquim Monteiro, encontra-se na sua ilha Natal, Santo Antão, este fim de semana para contatos com o eleitorado. Durante a sua deslocação ao terreno, ontem, afirmou que só agora a Democracia chegou às eleições presidenciais cabo-verdianas. Isto porque, na corrida ao Palácio do Plateau estão sete candidatos.
O candidato, que está em campanha na sua ilha natal, Santo Antão, aproveitou para fazer esta observação aos jornalistas em Ribeira Grande de Santo Antão, Povoação, onde esteve à conversa com os jovens e idosos daquela localidade, levando as suas ideias, preocupações e projectos.
“Eram 10 candidatos e, agora, somos sete. Isto quer dizer que, 30 anos depois, a Democracia atingiu as eleições presidenciais“, sublinhou Joaquim Monteiro que participa pela terceira vez consecutiva nas eleições presidenciais.
“Isto é extremamente importante, porque antes eram somente dois candidatos e até já tivemos casos de um só concorrente”, relembrou, reforçando a importância da Democracia para o país.
Cabo-verdianos “reprimidos” pelas suas convicções políticas
Joaquim Jaime Monteiro diz que a forma como a política está a ser instituída em Cabo Verde leva as pessoas a terem medo, referindo-se à ligação que há entre o Governo e a candidatura de Carlos Veiga, apoiado pelo MpD, partido no poder
“Constatei esse facto na ilha de Santiago, quando estava a recolher as propostas para a minha candidatura. O que acontece é que os funcionários do Estado têm medo de perder o emprego“, denunciou.
Por esta razão, afiançou que, caso vença as eleições de 17 de Outubro, vai exercer uma magistratura de influência para dar uma realidade “diferente” aos cabo-verdianos, “sobretudo às crianças”.
E para alcançar estes objetivos, Joaquim Jaime Monteiro promete ser um Presidente da República “experiente, tecnicamente preparado e informado para influenciar todo o sistema administrativo”.
Ontem, sábado, “Djack” Monteiro esteve nas zonas altas do concelho da Ribeira Grande, no centro da Povoação e na Ponta de Sol, onde fez passar a sua mensagem.
4º dia Tarrafal de Santiago
Recorde-se que estas são as sétimas eleições presidenciais de Cabo Verde, desde 1991, ano em que pela primeira vez a escolha do PR passou a ser feita pelo voto directo, universal e pluralista.
C/Inforpress