Como seria de esperar, devido ao surto de conjuntivite registado na cidade da Praia, as farmácias estão a verificar um “aumento exponencial” de venda de medicamentos para o efeito. Essas estruturas temem ruptura de stock.
De acordo com informações avançadas por algumas farmácias da capital, à Inforpress, o surto de conjuntivite fez reduzir o stock de medicamentos para o efeito.
Porém, dizem não haver, ainda, sinal de ruptura, mas alertam para o facto de isso poder vir acontecer.
“Inicialmente houve falta de colírio, mas logo fomos reabastecidos, e além disso usamos outros medicamentos para substituir os que já não se encontram disponíveis”, disse a directora técnica da Farmácia Avenida, Silviane Barros.
O produto mais procurado, diz, é o soro fisiológico primário, aconselhado para tratamento dos olhos, indicando que os clientes preferem esse tipo de medicamento em detrimento das pomadas.
O mesmo se passa noutras farmácias, em que ainda há disponibilidade de stock para tratamento da conjuntivite.
Contudo, advertem para a importância dos distribuidores estarem atentos para se evitar constrangimentos futuros.
“Ainda temos bastantes medicamentos para esse efeito, apesar do aumento da procura que tem acontecido nos últimos dias”, indicou uma das colaboradoras da Farmácia Universal, no Palmarejo.
Recorde-se que a presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública (INSP), Maria da Luz Lima, confirmou a presença de um surto de conjuntivite, desde semana passada, na Cidade da Praia, e com alguns casos registados em outros concelhos próximos.
A responsável adiantou que pelos dados recebidos, na semana passada, já pode ser considerado um surto, pelo que no momento a instituição está a trabalhar no processo de divulgação sobre as melhores formas de prevenção.
A conjuntivite é uma doença muito contagiosa, que ataca a parte mais superficial do olho, a conjuntiva.
Os principais sintomas são intenso desconforto, sensação de areia nos olhos, secreção, vermelhidão, lacrimejamento, fotofobia, inchaço nas pálpebras e a coceira característica. Casos mais severos podem ter hemorragias conjuntivais e dor mais intensa.
A melhor forma de prevenção é a lavagem das mãos, principalmente, após frequentar locais públicos com alto fluxo de pessoas, como autocarro e escolas.
C/Inforpress