A administração da empresa de transporte coletivo de passageiros, Sol Atlântico, afirma que a paralisação de dois dias dos motoristas “não tem razão de ser” e pede “bom senso” ao sindicato.
Os motoristas da Sol Atlântico, na cidade da Praia, entram hoje no segundo e último dia de greve que, conforme o Sindicato da Indústria Geral Alimentação Construção Civil e Afins (SIACSA), ronda os 95% de adesão dos condutores.
Na base desta paralisação está a falta de acordo entre a Direção-Geral do Trabalho (DGT) e o sindicato que defende os motoristas, relativamente à reposição dos subsídios de turno e de alimentação.
Bom senso
Já para o administrador da empresa de transporte coletivo urbano de passageiros, Henrique Duarte, a greve não tem razão de ser e pede bom senso ao SIACSA pois, segundo diz, o subsídio de alimentação não foi alterado e o horário em vigor nas duas escalas de trabalho afasta qualquer tipo de subsídio de turno aos motoristas.
“Estão a exigir um subsídio de turno ao qual eles não têm direito, pois eles não estão trabalhar em regime de turno. Agora, se o tribunal ou as entidades competentes nos disserem que nós é que estamos errados, não teremos problemas em assumir a nossa posição. Este horário sempre vigorou na empresa e nunca nenhum sindicato solicitou o subsídio de turno aos motoristas por fazerem este horário”, defendeu o gestor.
Henrique Duarte prevê, nesta terça-feira, menos constrangimentos para os utentes dos serviços prestados pela transportadora, porém aguarda o despacho de um pedido de uma requisição civil entregue ao Ministério da Família, Inclusão e Desenvolvimento Social, que tutela a área do trabalho.
A empresa pede a requisição de 60 dos 159 condutores para a prestação dos serviços mínimos na cidade da Praia.
O administrador reitera que a empresa está aberta ao diálogo e pede bom senso ao sindicato que representa os motoristas.
C/RCV