iMarket é uma plataforma digital de compras que está prestes a ser lançada no mercado cabo-verdiano, a partir da Cidade da Praia, e promete ser a versão Amazon de Cabo Verde. Foi criada pelo grupo iFome e nela o utilizador pode encontrar serviços de supermercado, peixaria, gás, produtos agrícolas, restaurantes, farmácias e lojas diversas.
O lançamento deve acontecer nos próximos dias, mas será uma surpresa, conforme contou ao A Nação, a co-fundadora e diretora técnica da empresa, Sara Anjos Varela.
Está-se diante, segundo diz, de um produto digital bastante actual e inovador, que permite fazer compras de produtos de qualquer sector, por todo o país e com um serviço de logística integrado, não só na mesma ilha, mas também inter-ilhas.
“A plataforma traz soluções de inteligência artificial integradas e várias funcionalidades interessantes para a otimização das vendas, como, por exemplo mapas, trackings, listas pessoais, sugestões personalizadas, etc”, avançou.
O iMarket está a ser lançado em Cabo Verde, mas com os olhos postos no mercado da África Continental.
Mais valias para o mercado
O iMarket, garante a co-fundadora, permitirá ligar a procura à oferta, de forma segura, e garantir os níveis de segurança que o contexto obriga.
“É uma plataforma que, pela sua diversidade, facilita a compra e o acesso a qualquer produto, quer seja o café da ilha do Fogo, o queijo da ilha do Maio ou um grogue de Santo Antão. Ou mesmo garantir a venda dos produtos agrícolas do interior da ilha de Santiago, para a capital, ou outras ilhas turísticas, que têm uma grande demanda”, explica.
Servirá ainda como um canal para que a comunidade emigrada possa comprar produtos de fornecedores e enviar a familiares em qualquer ilha ou concelho de Cabo Verde, utilizando formas de pagamento online.
Neste momento, o projecto está em fase de experimentação, mas o grupo já conta, segundo diz, com um feedback “bastante positivo” de dezenas de clientes.
Identificar necessidades e investir
“Somos um grupo que esteve sempre muito atento às necessidades do mercado e adaptamos sempre da melhor forma. Hoje temos vários canais de venda como Web, Viber e Chatbot”, precisou.
A última criação foi um canal de TV, onde o cliente pode fazer compras através de uma aplicação que se assemelha à Netflix, a partir do seu aparelho de televisão.
De acordo com Sara Varela, iMarket vem de uma necessidade do mercado que foi reforçada com a pandemia da covid-19 e que mudou a importância do digital na vida das pessoas.
“Existe uma pressão em todo o mundo para que grande parte do que fazemos no dia a dia seja transferido para o digital. Existem vários incentivos para que Startups como a Ifome reforcem a oferta digital. Essa tendência está evidente nas ofertas que o iFome tem recebido de investidores que buscam empresas com vocação digital para fazerem parcerias”, garante.
Internacionalização da iFome
Por isso, acrescenta, o grupo iFome tem encetado negociações com potenciais investidores para internacionalizar a sua operação em países como Angola, Senegal e Costa do Marfim.
No momento, segundo a mesma fonte, o grupo está já num estágio adiantado de aceder a um fundo internacional, destinado a empresas africanas para o seu processo de internacionalização.