Um grupo de técnicos que trabalham no Cadastro Social Único, na ilha de Santiago, estão indignados com o atraso de três meses de salário, entre os meses de Maio e Agosto de 2021. Em entrevista ao A Nação, dizem-se agastados com as inúmeras vezes em que os responsáveis garantiram que o problema estaria na fase final de resolução.
“Somos cinco numa mesma câmara municipal, mas sabemos que a situação é a mesma em todos os municípios do país. Fomos contratados pelo Ministério da Família e Inclusão Social, que são os responsáveis pelo pagamento. A autarquia, no caso, é a entidade que gere o processo, dentro de cada município”, explicou o porta- voz.
Em anonimato, estes jovens, alguns com contrato de prestação de serviço desde Maio, e outros desde Junho de 2021, asseguram que a renovação do contrato de trabalho deu-se durante a época eleitoral, com o apoio de um parceiro internacional.
“Os nossos contratos foram renovados durante o processo de eleição, e como não poderia ser o ministério a pagar, por questões que estão ligadas à lei eleitoral, fizeram os contratos através de uma parceria internacional”, esclareceu.
Foi assinado um contrato de três meses, com um salário de 30 mil escudos mensais, e sem descontos, conforme conta a nossa fonte.
“No meu caso, já vai fazer cinco meses e ainda não recebi o salário de nenhum mês”, assegura.
“Já reclamamos por inúmeras vezes e sempre dizem que o problema está na reta final de resolução. Entretanto, já se passaram quase dois meses desde o fim do contrato, com esta mesma justificativa”, indaga, questionando ainda quem é que assume a responsabilidade pelos seus salários, já que, segundo diz, o parceiro internacional até agora não cumpriu com as suas responsabilidades.
Até o fecho desta peça não foi possível ouvir o coordenador nacional do Cadastro Social Único.