De acordo com o relatório de 2021 do Fundo Global, publicado nesta quarta-feira, 8, Cabo Verde tem feito progressos em matéria de combate ao VIHSida, Tuberculose e Paludismo, mesmo perante a crise pandémica da Covid-19.
Ouvida pela RCV, a Secretária Executiva do Comité de Coordenação de Combate à Sida (CCS-Sida) alerta que o país deve estar de prontidão para fazer face às ameaças de doenças e dar combate ao Sars-cov-2.
A porta-voz nota que, em Cabo Verde, a pandemia não teve grande influência.
“Para o caso do Paludismo houve sim redução de testes, mas é porque os recursos humanos estavam, inicialmente, afetos à Covid-19, sobretudo, no período de estado de emergência, mas já no final de 2020 começaram a entrar quase que na normalidade”, avançou Maria Celina Ferreira.
“Para o VIH Sida houve adaptações, por exemplo, em termos de estratégia avançada nos postos clínicos móveis. Tivemos também a questão de adequação, fazer e adequar os serviços de prevenção, despistagem e tratamento”, continua.
Maria Celina Ferreira lembra que Cabo Verde é um país vulnerável, e que está sob ameaça de inúmeras doenças, daí que adverte que o país deve estar preparado para qualquer eventualidade.
“Adequar, planificar sobre essas ameaças. Vamos servir para trabalhar no reforço do sistema nacional de saúde”, considera.
No quadro da crise sanitária, a CCS-Sida recebeu uma subvenções de 540 mil euros do Fundo Global destinado ao reforço dos recursos humanos no sistema de Saúde, para mitigar o impacto junto das populações vulneráveis. Este ano, a CCS-Sida submeteu um novo projeto ao Fundo Global com o intuito de aumentar a resposta e conseguiu a aprovação através do mecanismo acelerado.
A preocupação da secretária executiva da CCS-Sida em relação às pessoas que vivem com VIHSida, no quadro da atual crise sanitária, prende-se com a perda de rendimento, acesso ao tratamento antiretroviral e a inclusão de pessoas nesta condição nos programas de resposta às doenças.
C/RCV
