O ministro do Turismo e Transportes, Carlos Santos, defende que Cabo Verde tem que apostar na diferenciação do seu produto e melhorar a qualidade da atividade turística.
Neste sentido, Carlos Santos assegura que o Governo desenhou um programa operacional para os próximos cinco anos.
O ministro do Turismo e Transportes fez essas considerações no final da 64.ª Reunião da Comissão Regional da Organização Mundial do Turismo (OMT) para África, que terminou ontem, em Santa Maria, Sal.
No balanço dos trabalhos, Santos assegurou que os objetivos propostos, nomeadamente reforçar a posição de Cabo Verde na OMT, isto é, manter no Conselho Executivo e reforçar a condição e comunicação de destino de investimento e de turismo, foram conseguidos.
“Creio que os resultados foram alcançados, tivemos aqui mais de duzentos participantes, isso é turismo, mas é também homens e mulheres de negócio que estiveram aqui presentes. Conseguimos passar uma boa imagem do país, e aprender com muitas alocuções sobre diferentes assuntos que tocam a matéria do turismo, um sector transversal”, considerou o titular da pasta do Turismo e Transportes, num momento em que Cabo Verde precisa reiniciar a atividade económica “de uma forma sustentável”, lembrou.
Tirar proveito
Aquilo que já vem sendo defendido há anos pelos diferentes governos e que, na prática, tem sido mais difícil de operacionalizar é a questão das populações locais conseguirem tirar partido dos rendimentos afectos ao turismo.
Carlos Santos reiterou que é preciso “fazer com que as nossas gentes, populações e as nossas empresas possam tirar proveito deste sector, e possamos amplificar, cada vez mais, esse efeito multiplicador e essas externalidades positivas que tem em toda a economia”.
Nesse contexto, diz que a paragem do sector, motivada pela covid-19 foi também “momento de aprendizagem” onde se poderá tirar alguns proveitos.
“O turismo é exportar cá dentro. E se nós conseguirmos desenvolver um turismo que toca outros sectores, que possa ancorar outros sectores, neste sector âncora, estaremos a alterar a nossa qualidade de serviços, a preparar-nos, eventualmente para exportar lá fora”, defendeu.
O mesmo garantiu que o Governo tem um programa para os próximos cinco anos.
Programa esse, segundo diz, que visa passar dos estudos, da planificação para a prática, com cinco pilares essenciais Nomeadamente, a concretização da qualificação da oferta, alteração daquilo que é o “ship” sobre a promoção, governança, o pilar da sustentabilidade, e a aposta do capital humano.
“Vamos arregaçar as mangas para conseguirmos dar a volta à situação em que nos encontramos, e voltarmos aos patamares de crescimento de 2019”, almejou.
C/Inforpress