A Comissão Politica Regional de Santiago Sul (CPRSS) do PAICV está preocupada com os atrasos no pagamento aos estagiários do IEFP. Muitas denúncias têm sido feitas pelos lesados, através das redes sociais, e o partido decidui denunciar publicamente a situação, solicitando explicações ao Governo.
Em conferência de imprensa, realizada hoje pela Comissão Politica Regional de Santiago Sul (CPRSS), do Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), os integrantes chamaram a atenção pelos sucessivos, contínuos e diversos casos de estágiarios que têm o pagamento das bolsas de estágio profissional em atraso.
Muitos são “chefes-de-família e todos com contas por pagar e compromissos para honrar e os incumprimentos, por parte do Governo, já vão em três meses”.
A instituição, sem qualquer explicação plausível, dizem, limita-se a informar que “o pagamento das bolsas, em atraso, será regularizado, brevemente”.
No entanto, segundo essa Comissão, tal situação, ora vivenciado pelos estagiários, “já era previsivel, pois, as próximas eleições só irão acontecer em 2024”.
“Cabe precisar que o Governo, não tendo conseguido criar os 45 mil empregos dignos, no horizonte da Legislatura passada, à razão de nove mil, por ano, optou, de forma massiva, pela oferta de estágios profissionais”, frisou Djanira Moreira.
Este membro da CPRSS destacou ainda que a atribuição destes estágios visam “atingir propósitos bem identificados e que se prendem, fundamentalmente, a três ordens de razões”.
“Em primeiro lugar, com a massificação dos estágios profissionais no seio da camada jovem o governo pretendeu abafar, em certa medida, as críticas desse extrato social maioritário”, sublinhou.
“Falsear”
Além disso, apontou que a intenção do Governo passa ainda por “mascarar e falsear os dados estatísticos, pois os estágios remunerados contam como empregos e contribuem para diminuir as estatísticas de desemprego”.
Em terceiro lugar, de acordo com Djanira Moreira, com a massficação dos estágios profissionais, o Governo tentou passar, sorrateiramente, a ideia de que o estágio, mesmo não sendo emprego, é mais importante do que este”.
Djanira Moreira reforça ainda, em nome do partido, que o Governo “optou pelo facilitismo, pela fuga em frente, pelo populismo, por inciativas ilusórias, enfim, por programas ocupacionais provisórios, e que em nada contribuem para garantir futuro”.
Após esta denúncia, a CPRSS diz esperar que “quem de direito venha a público esclarecer e, ao mesmo tempo, conforte estes estagiários, apontando uma data precisa, e a breve trecho, para pôr cobro a esta situação dificil por que passam”.