Os supostos assassinos do empresário indiano, Sajid Patel, encontram-se em prisão preventiva a aguardar o julgamento, depois de terem sido presos pela Polícia Nacional, e soltos e detidos novamente pela Polícia Judiciária, que tinha o mandado para o efeito, informou o inspector-chefe, José Luís Gonçalves.
Ao todo, segundo o inspector-chefe da Secção de Crimes contra Pessoas, José Luís Gonçalves, a PJ deteve quatro indivíduos envolvidos na morte do referido empresário, ocorrida no passado dia 19 de Agosto, em Achada Grande Frente, Cidade da Praia.
Mas, os supostos criminosos detidos pela PN tiveram que ser postos em liberdade, antes de serem apresentados ao Tribunal, e, acto contínuo, foram detidos pela PJ.
Sobre se houve falta de concertação entre as duas Polícias, José Luís Gonçalves foi parco em palavras, limitando-se a dizer que a PJ “deu cumprimento aos mandados emitidos pelo Ministério Público contra quatro indivíduos suspeitos de crime de homicídio ocorrido na empresa Soprobel”.
No entanto, deixou transparecer que a PN só podia deter os suspeitos se estivesse na posse do mandado de detenção, fora de flagrante delito, emitido pelo Ministério Público “e não tinham”.
No que se refere a ilegalidade ou não da prisão dos suspeitos o responsável diz que “compete ao Ministério Público analisar a situação e decidir a atuação dos elementos da Polícia Nacional”.
“Se a Polícia Nacional pretendesse colaborar com a Polícia Judiciária, deveriam entrar em contacto connosco e perguntar sobre o que precisávamos. Da nossa parte também podemos entrar em contacto com a PN e dizer que precisamos de apoio tal e tal. Mas, não foi o caso”, comentou José Luís Gonçalves, que admitiu que em relação aos detidos do caso Soprobel não houve concertação entre as duas Polícias.
Sobre uma eventual briga de protagonismo entre a PN e a PJ, o inspector-chefe da secção de Crimes Patrimoniais, Joel Barros, afirmou que, pelo menos, da instituição que representa não sentem isto.
Para ele, é o Código do Processo Penal que dita as regras, ou seja, como que as coisas devem ser feitas, sob pena de se pôr em causa todo o trabalho de investigação feito.
C/Inforpress