O ministro do mar, Paulo Veiga, diz que a crise provocada pela pandemia teve um carácter diferente das crises anteriores, por ser mundial e afetar as cadeias globais de produção e de distribuição, com impactos tanto na oferta como na procura. Por isso, alerta que um potencial impacto de uma crise económica mundial é um dos principais desafios do setor nos próximos anos.
Paulo Veiga falava na abertura da mesa-redonda sobre o futuro da atividade portuária em Cabo Verde, organizada pela Enapor para celebrar os 39º aniversários.
“Não estando imune ao presente quadro, a indústria marítima terá ainda que estar preparada para as transformações mundiais que a pandemia causou na sociedade, bem como ser capaz de responder eficazmente à necessidade de diminuir os impactos do sector no meio ambiente”, afirmou.
Sobre as perspectivas futuras dos portos de Cabo Verde, o ministro do Mar defendeu que devem, cada vez mais, absorver e implementar um perfil de corporações modernas, que invistam em novas tecnologias e inovação, de olho na modernização e consolidação do negócio portuário.
“A digitalização e as novas tecnologias também serão a chave para permitir a padronização e, portanto, melhorar a eficiência do transporte e das operações”, acrescentou o governante para quem, é preciso uma “gestão eficiente dos portos, porque a tendência será de mais escalas, navios mais pequenos e distribuição mais frequente”.
Para o governante, a economia azul terá um papel fundamental na recuperação económica, porque os alimentos provenientes do mar, o turismo costeiro e marítimo sustentável, a bioeconomia azul, e outras atividades, vão ajudar o país a sair desta crise mais forte, mais saudável, mais resiliente e mais sustentável.
C/RCV